O BUCHO

Sujeitos cansados, famintos e sozinhos no tempo e no espaço em Cascavel-PR.

Um dia de estudos, de pesquisa em Literatura. Afinal, tudo é desafio.

De repente um intervalo se ajusta entre as vozes incansáveis.

Juntas decidam por um breve descanso logo após o primeiro banho do dia. Ambos se vão para aqueles quartos aconchegantes do "TREVO", um hotel.

Após o frio e o calor das águas artificiais saem para o jantar.

Chegam ao restaurante. Tudo está muito bonito nestes pratos!

Logo os olhos chamam a mente e, sem receio o paladar logo se institui no lugar.

Comida caseira! Esta é principalmente para homens.

Que delícia! Hoje é "bucho, a conhecida "buchada"!

Os colegas, homens, se fartam.

Ufa!

Quanta saudade desse alimento, agora meu estômago está em alento.

Enfim, terminada a janta agora vamos curtir a boa música venezuelana.

Vamos. Chamemos um táxi, mas nenhum apareceu. Apenas o velho ônibus no leva.

Agora estamos no terminal de coletivos.

E aí, vamos continuar. Não!

A boa música já se foi, agora resta-nos o sorrir.

No terminal central os olhos logo se inundam em lágrimas.

Parece-nos a pertinência em sermos decididos.

Agora são nove horas.

O bucho ainda está cheio. Um bom descanso é bem melhor.

Do bucho se constitui a mensagem.

Encheram-nos o bucho, de "bucho" ou de "buchada".

Agora estamos nós, sem a cultura musical, sem o espaço e,

totalmente soltos nas ruas, de Cascavel, com os buchos doloridos, mas totalmente satisfeitos com as buchadas.

De "bucho" ou "buchada" a barriga se faz!

Rubens Martins
Enviado por Rubens Martins em 21/09/2011
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3233520