Antônio vai as compras...
Antônio vai as compras... (Lucas Santos)
Naquele dia, parecia que algo estaria para acontecer... Antônio e Genival, ambos trabalhavam numa empresa metalúrgica. Antônio estava muito animado, pois, tinha acabado de receber seu primeiro pagamento, e tudo que queria naquele momento era comprar um presente para sua namorada, que acabara de conhecer, e queria impressioná-la.
Antes de irem trabalhar, Genival se propôs a acompanhar Antônio até a uma loja, Antônio tinha chegado do nordeste a pouco tempo e não sabia andar na cidade, tudo aconteceu na cidade de Diadema, São Paulo. Naquele dia, o vento soprava levemente e fazia um friozinho costumeiro e caia uma garoa leve; era mês de maio e nessa época em Sampa é normal. Antônio estava eufórico e muito feliz. O frio que fazia naquele dia lhe deixava um pouco tranqüilo em relação ao calor que estava acostumado a passar no nordeste, não podia reclamar por que tinha acabado de arrumar um emprego, tinha arrumado uma namorada e além de tudo com o seu primeiro salário podia comprar um presente para ela. Então, com seu primeiro salário no bolso; Antônio e Genival seguiram juntos caminhando pelas ruas em direção do centro da cidade de Diadema. Genival, que era seu colega de trabalho; os dois seguiram juntos...; Ele só queria ajudar seu amigo e lhe mostrar a cidade. Genival também era nordestino, mas, já morava em Diadema a muito tempo...
Chegando no centro, Antônio ficou encantado com as lojas e logo entraram numa lojinha que vendia bijuterias. Ele parecia muito feliz e logo na entrada viu uns brincos; gostou e logo a vendedora, muito simpática, veio em sua direção para lhe atender. Ele nem falou muito, estava aflito e queria logo fazer sua compra e ir correndo entregar aquele lindo par de brincos para sua namorada.
A vendedora lhe entregou uma notinha e mostrou-lhe o caixa para que ele fosse pagar.
Ele pegou e foi até ao caixa...
A mocinha do caixa, também muito simpática, lhe falou:
- bom dia senhor!!!
Era mais ou menos 11 horas da manhã e ainda teriam que trabalhar naquele dia.
- Ele, meio atrapalhado ainda lhe respondeu:
- Bom dia querida!!!
Ela deu um leve sorriso, olhou bem nos olhos de Antônio que lhe foi muito educado.
- E lhe perguntou: Vai pagar como senhor?
Ele não ouviu direito. Estava eufórico!
Ela percebeu, e falou: O senhor trabalha com cheque?
- ele lhe disse: Não!!! Trabalho com torno automático.
Até hoje, depois de mais de 20 anos, os ex–colegas de Antônio ainda se lembram do acontecido e ainda é motivo de risos...