Prenhe
O marido chega do serviço na roça (lá nos canfundó das grota onde o Judas perdeu as meias, pois as botas ele perdeu mais pra cá) e em casa encontra a esposa:
- Ô muié!
= Ô benhê... tenhu uma cosa pra ti cunta...
- Fala muié.
= Mor... tô prenhe.
- Dinovo muié?!!! Tu não tava prenhe onti memo?
= Onti foi onti, hoji é hoji!
- Nós já temo um monti di bacuri!
= Pode vim a menina muié agora né benhê!
= Já tenhu inté o nomi... Se vié homi, pudemo buta o nomi de Atadorfo. É nomi de adevogado!
= Se vié muié, pudemo buta o nomi de Pafuncia, o intão Felizberta. Aí ela já naci filiz né benhê!
- É... Felizberta é bunitu memo!
- Ô muié, to varadifome! Dá aí uns ovo de codorna, uns menduim e a garapa.
= Ah benhê! Aí num que mais bacuri né? Já vo, já vo!