A luz no fim.

Apertando fortemente a mão do marido Mary sua copiosamente,suas costas doem e sua cabeça esta rodando,o sangue jorra como água do ferimento enquanto é conduzida para a sala de cirurgia só consegue pensar no filho “Só um menino,não precisava passar por isso tudo”,seu corpo se contrai e ela salta um gemido de dor,a bala esta alojada um pouco acima do estomago e ela pode sentir o metal tocando-lhe as carnes.Com a mão suja de sangue toca o rosto triste de Armando que a acompanha desesperado.Os médicos adentram o centro cirúrgico deixando o pobre Armando para trás,ele senta-se em um dos bancos da sala de espera,encosta a cabeça na parede e as lágrimas escorrem dos seus olhos,seus pensamentos o levam até a cena do acidente. “Mary não faça isso,dei-me essa arma,Com a arma apontada para o agressor:”Não,ele não tem o direito de violar uma pessoa dessa forma,vou matá-lo Armando,vou me vingar da humilhação de ter sido violentada por esse desgraçado”de repente o agressor a domina,os dois lutam a arma dispara,Armando fica estático,do outro lado da sala Mateus observa tudo quase em estado de choque,o corpo de Mary desliza vagarosamente até o chão o homem joga a arma de lado e sai correndo,Armando se aproxima ofegante do corpo caído e o toma nos braços. “Mary pelo amor de Deus fale comigo,porque diabos não me obedeceu e não me entregou a arma?”Ele a balança,mas ela apenas o olha fixamente sem resposta,desesperado Armando,corre em direção ao filho e o abraça tentando acalmá-lo ele senta o garoto em uma cadeira e pega o telefone ao lado da banca disca os números tremulo do outro lado da linha a atendente do serviço de emergência recolhe as informações necessárias”Sacudindo a cabeça para afastar as lembranças ele se levanta e vai em direção ao bebedouro,Poe um pouco de água num copo e bebe,senta-se novamente e avista o médico vindo em sua direção

-Armando Galvão?

-Balançando a cabeça afirmativamente .Sim sou eu

-Sua mulher vai precisar de um transplante de sangue,e pelas amostras recolhidas o tipo sanguíneo dela é raro,não temos ele disponível em nosso banco,alguém da família pode doar....

-Com um olhar espantado.O senhor tem certeza que não tem disponível no banco??

-Infelizmente não,como eu disse é um tipo sanguíneo raro.

-Sem poder conter as lágrimas.O problema doutor é que o único parente próximo que ela tem na cidade é um primo de 2 grau por parte de mãe e ele não tem o tipo sanguíneo dela.Os pais dela moram no interior e ela não tem irmãos logo isso nos resume a nada........

-Algum conhecido talvez..

-Desesperado.Não há ninguém.Parando para pensar.Espera há alguém sim,vai parecer irônico mas a única pessoa que pode doar para ela é o pai dela.

-Sem compreender.Mas você disse que os pais dela moram longe,não entendi.

-Sorrindo nervosamente.O pai adotivo dela mora longe sim,mas o verdadeiro não ele mora a uns dez minutos daqui.

-E ele esta disposto a ajudá-la??

-Talvez ele relute um pouco,mas sei que consigo convencê-lo

Sem pensar sai correndo para o estacionamento onde deixou seu C4 abre rapidamente a porta e entra,vai dirigindo o carro pelas ruas escuras e para em frente a um prédio luxuoso desce do carro e adentra o local,o porteiro o intercepta buscando saber o que ele faz a essa hora na rua,ele explica o acontecido e pede para falar com o Senhor Alberto Soares,o porteiro interfona e por sorte o homem está acordado e permite que o rapaz suba s3m pestanejar ele entra no elevador e chega ao 5 andar anda até o apartamento número 10 e bate a porta,Alberto abre a porta contrariado.

-Resmungando.O que faz aqui a essa hora?Não acha que está muito tarde?,só te deixei subir em consideração a meu neto pensei que algo pudesse ter ocorrido com ele.

-Nervosamente entra no apartamento.Não aconteceu nada com o Mateus,ele está bem.

-Então o que houve porque me acordou tão tarde??

-Olhando-o nervoso.A Mary sofreu um acidente grave,Ela tomou um tiro.

-Olhando-o com desdém.Ah foi isso?Pensei que fosse algo pior.

-Incrédulo.Eu acabo de dizer que sua filha pode morrer e você acha que essa notícia não é ruim.

-Sentando-se.Ela não é minha filha,eu apenas a fiz,outra pessoa a criou logo ele é pai dela.

-Sentando-se o seu lado.Pode ser,mas você é o único que pode salvá-la sem sua ajuda ela vai morrer.

-Olhando-o sem compreender.Porque ela precisaria de minha ajuda?Ela mesma disse que não queria nada de mim,e que renegava o sangue que corria em suas veias.

-Ela disse isso da boca para fora,quando chegou em casa quase morreu de tanto chorar,chegou a me dizer que se tivesse a chance de te dizer o quanto te amava o faria.

-Levantando-se vai até o bar e serve-se de uma bebida.Ela não me ama.Nunca me amou e nunca vai me amar,Entenda isso Armando,eu abandonei a mãe dela quando ela era apenas um bebê,eu nunca quis saber dela,ela não poderia me amar,porque eu não a amo.

-Mas ama o seu neto.Você ama o Mateus,e ele te adora.Faça isso por ele,doe o seu sangue para salvá-la por ele,sei que você o amou desde o dia em que eu o trousse aqui.Lembra-se ele era um bebê lindo e sorridente e você o pegou no colo e o beijou.Faça por ele.

-Respirando fundo.Não sei.Porque não doaram sangue dos bancos do hospital?

-O sangue dela é raro,não existe estoque para ele,só você pode doar.

-Olhando-o.Está certo,mas deixo claro que estou fazendo isso pelo Mateus.E por mais ninguém compreende?

-Balançando a cabeça.Claro.

Os dois se embrenham pelas ruas que levam ao hospital,Armando está nervoso e Alberto não consegue conter a ansiedade ao chegar ao hospital Armando o conduz até o médico.

-Doutor aqui está o doador.

O médico o conduz até a sala de transplante.

O amor fala mais alto do que o ódio.

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 03/09/2011
Código do texto: T3198393
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