Da GÊNESIS AO APOCALIPSE DO AMOR...
GÊNESIS ( DA AMIGA E COMADRE ADRIA COMPARINI)
" No início...bem mesmo no começo/era o caos...na amplidão.
Um amor em pedaços...ruptura dos laços/o fim de uma relação.
O escuro do abandono/a secura dos oceanos/a ausência total da vida.../uma desesperança nos planos...
Mas ainda havia amor. O amor pairava...mudo,porque o sentimento
não morre sobrevive mesmo a tudo.
Então a luz se fez/o verbo se transmutou em poesia,encheu o horizonte de magia...
... e a vida cobriu-se com a alegria."
APOCALIPSE.
E da alegria que restou escusa por entre prateleiras empoeiradas da memória,guardava apenas e tão somente as cores amareladas e as risadas amarrotadas em antigas fotografias.
Sim, ainda havia amor pairando tal qual nuvens em prévia tempestade anunciada.
O sentimento se ressucita e se recria para (re)montar ou desmontar
a alma em tormentas de saudades.
Da luz que então se fazia o escuro seguia na direção incerta e incontínua dos ventos,havia na boca palavras que jamais sairam de rascunhos imaginários,gritos não ouvidos de tão silenciosamente ensurdecedores.
Talvez fosse o prenuncio do final...o final fictício que tememos todas as noites antes de dormir.
Era novamente o caos.
E o amor em pedaços desfez os passos/laços/compassos e valsas.
Segui-se então a trajetória profetizada de quem ama...
Viveu de forma intensa/insana de tamanha lucidez.
Soube guardar em si apesar da imensa dor toda uma evolução...
Amou da Gênesis ao Apocalípse.
P.S Agradeço a amiga e comadre Adria a deliciosa interação no conto E FOI ASSIM...( postado aqui no RL em 17/08/11).
Márcia Barcelos.
18/08/2011.