O tempo já não importa.

O telefone toca, o coração dispara. “Alô”, do outro lado sua doce voz, as pernas estremecem, a barriga gela, a garganta seca, minha voz sai abafada “tudo bem? Por que ligou?” Ah! Só para ouvir minha voz e me desejar um bom dia. Pronto o dia será perfeito começamos bem. Logo depois você me fala com a voz aveludada que está com saudade e quer me ver. “Que tal hoje no fim do dia?”. Melhor impossível, agora num sussurro diz que me ama e desliga o telefone.

Como posso trabalhar o dia inteiro pensando em você? Mais tarde nos veremos, penso nisso e outra vez o coração dispara e a barriga gela, uma ansiedade louca toma conta de mim. E agora essa hora não passa... O relógio parece inimigo dos apaixonados, os minutos se arrastam lentamente e é claro que essa sensação piora ás 10 pras 6, 6 e 30 vou embora. Finalmente está na hora. O telefone toca novamente, a ansiedade aumenta. Você já está me esperando, entro no vestiário correndo. “Amiga meu cabelo está legal assim?” nem espero a resposta.

O elevador está parado dois andares acima, a pressa não me permite esperar, vou de escada. Esbarrei em uma moça do outro setor “desculpe-me colega”, nem sei se ela ouviu. Consegui sair do prédio, graças a Deus o farol está aberto! A sorte está ao meu lado o ônibus não demorou nenhum pouco... Dou sinal para descer, esse é o ponto. Do outro lado da rua você olha o relógio, dá para perceber sua ansiedade ignoro a vontade de rir e atravesso mais que depressa a rua que nos separa.

Te chamo com a voz cortada pela respiração ofegante. Você me olha com os olhos semicerrados de lábios puxados em um sorriso malicioso. Antes de um abraço um suspiro de alivio, não tenha pressa para falar nada. Me beije, um beijo longo, demorado a ansiedade tornou-se desejo. Enfim estamos juntos meu amor e o tempo já não importa!

Alessandra Fersan
Enviado por Alessandra Fersan em 15/08/2011
Reeditado em 15/08/2011
Código do texto: T3162373
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