O ônibus lotado.

Segunda feira, depois de um domingo exaustivo e conturbado, Maria Célia sai para o trabalho, tristonha, que dá, dó. Haviam tantas complicações em sua vida, e ela de tão cansada da vida, não via solução. A vontade era desistir de tudo, interromper sua vida , estava depressiva demais pra continuar a labuta.

Estava no ponto de ônibus fazia tempo, e nada de chegar a condução. Impaciente, começa a resmungar sozinha no canto, sem perceber que as pessoas olhavam para ela. Em seguida avista a lotação, literalmente. No empurra, empurra, ela consegue entrar. Olhar perdido, com olhos marejados.

Derrepente, uma mulher ao lado, começa a conversar com a outra, e sem querer, ela participa ouvindo a conversa. A mulher falava que tinha 3 filhos e os deixou em casa com apenas um café ralinho, que estava sem nada para alimentá-los.

Iria fazer um serviço extra pra comprar alimento, e a filha mais velha estava muito doente, os menores ficaram cuidando dela, estava pra ser despejada.

Seu marido era alcóolatra e vivia perambulando pelas ruas. Derrepente ouviu um barulho, a mulher havia desmaiado e o ônibus ficou mais espremido ainda, pois os passageiros, solidários, se apertavam para sobrar espaço para aquela senhora voltar ao sentido e respirar.

Por fim, ela descobriu que a mulher estava há dias sem comer, pensava nos filhos, como alimentar e dar o que comer aos filhos?

Ela, olhou a mulher, e viu que seus problemas eram tão minúsculos diante de tantos outros que ali estavam.

Muitos que ali estavam, ficaram calados, esperando a melhora da mulher. O mais lindo é que todos do ônibus fizeram uma vaquinha e pediram a mulher que voltasse para casa e comprasse os alimentos e medicação para sua filha.

Uma outra pessoa ligou para o trabalho que ela faria, explicando o acontecido, ela teve a oportunidade de voltar no dia seguinte.

E no dia seguinte, tomou a mesma condução e agradeceu a todos. Maria Célia, emocionada, abraçou a mulher dizendo, "eu quem devo te agradecer, pois, com o teu sofrimento vi que lamento demais a vida que tenho. E você, ao invés de lamentar, agiu, obrigada.

Nanny Bunn.

NANNY BUNN
Enviado por NANNY BUNN em 05/08/2011
Reeditado em 05/08/2011
Código do texto: T3141262
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.