O banho
Já era noite, cheguei em casa. Imediatamente um silêncio profundo tomou conta do seu apartamento. O dia havia sido difícil, e seu único desejo era estar em casa, no silêncio do vazio que sentia.
Seus passos rígidos a conduziam quase que se arrastando pelo corredor até chegar ao banheiro. As luzes continuavam apagadas, não queria luz, queria o silêncio, a calma a paz que o seu dia não tivera. Nada que lembrasse o dia.
As velas eram as únicas fontes de luz que lhe acalmariam a alma. Abriu o chuveiro e entrou no Box para o tão desejado banho. A água morna e macia escorria pelo seu corpo com se quisesse levar todo o peso daquele dia.
Definitivamente queria esquecer tudo. O mais importante era o banho, o qual iria lhe trazer de volta a leveza, a paz que aquele dia lhe havia tirado.
O banho terminou. A toalha naquele momento aquecia seu corpo, já restabelecido e aliviado. Foi caminhando lentamente até seu quarto. Os passos de veludo seguiam quase que a levitar. Deitou-se na cama; os lençóis macios pareciam proteger-lhe. A única luz que entrava no quarto vinha da fresta da janela. Era a luz da lua e como que num gesto solidário, vinha trazer-lhe a penumbra que embalaria seu sono. Adormeceu profundamente, estava exausta! Amanhã seria outro dia.