O primeiro baile... 22
Sabia que tinha pela frente um dia cheio, iria trabalhar até as sete da noite, mas este fato não a deixava descontente não, pelo contrário, sentia-se até muito feliz, pois enfim, estava completando seus quinze anos...
Mas, ao mesmo tempo, teria que esperar ainda, nove meses até chegar o dia do baile, estava parecendo uma ironia, pois nove meses é o tempo de espera para se ter um filho!
Por que bailes, naquela pequena e atrasada cidade, só no mês de setembro e, olhe lá! Poderia acontecer também que, o pessoal do único clube da cidade não tivesse dinheiro em caixa para pagar a orquestra, e aí?
Mas não! Ela não queria ter estes pensamentos negativos... Iria pensar positivo, daria tudo certo sim!
Queria mesmo era pensar o que faria à noite... Será que a madrinha faria mesmo o tal do bolo que prometera?
Durante todo o dia ninguém tocou no assunto, não a cumprimentaram pelo aniversário, e o tempo ia passando, nada... Trabalharam todos até o fim do dia e nada!
Chegando ao final do expediente, despediram-se foi cada qual para sua casa.
Ela tomou seu banho, comeu alguma coisa, arrumou-se mais ou menos e, ficou na expectativa...
Não demorou muito tempo ouviu, na frente de casa, a buzina do caminhão do patrão. Eram eles, haviam chegado! A madrinha, juntamente com o marido e, toda a turma do trabalho, trazia um lindo bolo, todo confeitado com rosinhas de glacê, no formato de uma cesta, todo trançado, como se uma cesta fosse... Era uma obra de arte, feito com todo capricho e, muito carinho!
Desceram todos da carroceria do caminhão e, ali mesmo na porta, antes de entrarem, cantaram parabéns e a cumprimentaram pela data.
Foram convidados a entrar, quase não cabiam na pequena sala...
Mas ajeitando daqui e, apertando dalí acomodaram-se todos. Eram, no total, doze pessoas, ainda bem! Pois o presente que ganhara do pai, o jogo de pratos e talheres,
contavam exatamente este número, ufa!
Continua...