MEU NOME
Às vezes fecho meus olhos e consigo ver cenas distantes, mas tão queridas. É como se eu estivesse vendo um filme antigo onde o cenário ora é a rua da Matriz ou a rua 15 de novembro (rua do armazém de papai) ou a Av. Santos Dumont, hoje Av. Antonio Denguinho de Santana.
Em todas as cenas ou episódios estou sempre ali, como figurante, como coadjuvante e ou até como personagem principal.
Muitas vezes me vêm à mente o convívio com Padre Pedro e sua família, as festas religiosas realizadas por ele e os seus paroquianos. Outras vezes revivo o relacionamento com meus avós, tios, primos, amigos, vizinhos e serviçais da família; e de vez em quando um fato vivido ou contado por meus pais.
Agora, por exemplo, falarei sobre a origem do meu nome. Nasci, fui bem acolhida e recebi no dia do meu batismo o nome de Maria. Sou a primeira filha do sexo feminino e meu pai deu - me o nome da sua mãe.
Entre tantos vizinhos mui queridos figuravam Ioiô, tia Dorinha e filhos, familiares da minha mãe, que me dedicavam muito carinho.
Segundo mamãe, quando fui crismada, após dois anos de vida tive o nome modificado na ficha de inscrição para o sacramento, por sugestão do amigo e familiar, Ioiô. Argumentava ele desde meus primeiros dias de vida: Porquê não chamar esta menina bonita de Marineusa? Seria a junção do nome da avó paterna com o da mãe, e assim as duas seriam homenageadas ao mesmo tempo.
Passei a ser chamada Marineusa por todos e só me dei conta de que este não era meu nome aos doze anos, quando o professor Júlio Macêdo Costa, em setembro de 1957, exigiu a certidão de nascimento dos alunos que seriam inscritos no curso preparatório para o exame de admissão do então ginásio Padre Abath.Que confusão na minha cabeça!!! Como poderia eu, abrir mão do meu nome?
Como duvidar da veracidade da informação do meu pai que afirmava categoricamente que meu nome era Maria? Que crise de identidade para uma pré-adolescente! Continuei sendo chamada “Marineusa” embora no Registro Civil meu nome fosse Maria Santana Basílio, mais tarde modificado na certidão de casamento civil para Maria Santana Leite.
Na verdade sempre fui Marineusa e gosto muito do meu nome de guerra, porém jamais fiz justificação judicial pelo fato de Maria ser o nome da mãe de Jesus a quem eu muito amo.
Às vezes fecho meus olhos e consigo ver cenas distantes, mas tão queridas. É como se eu estivesse vendo um filme antigo onde o cenário ora é a rua da Matriz ou a rua 15 de novembro (rua do armazém de papai) ou a Av. Santos Dumont, hoje Av. Antonio Denguinho de Santana.
Em todas as cenas ou episódios estou sempre ali, como figurante, como coadjuvante e ou até como personagem principal.
Muitas vezes me vêm à mente o convívio com Padre Pedro e sua família, as festas religiosas realizadas por ele e os seus paroquianos. Outras vezes revivo o relacionamento com meus avós, tios, primos, amigos, vizinhos e serviçais da família; e de vez em quando um fato vivido ou contado por meus pais.
Agora, por exemplo, falarei sobre a origem do meu nome. Nasci, fui bem acolhida e recebi no dia do meu batismo o nome de Maria. Sou a primeira filha do sexo feminino e meu pai deu - me o nome da sua mãe.
Entre tantos vizinhos mui queridos figuravam Ioiô, tia Dorinha e filhos, familiares da minha mãe, que me dedicavam muito carinho.
Segundo mamãe, quando fui crismada, após dois anos de vida tive o nome modificado na ficha de inscrição para o sacramento, por sugestão do amigo e familiar, Ioiô. Argumentava ele desde meus primeiros dias de vida: Porquê não chamar esta menina bonita de Marineusa? Seria a junção do nome da avó paterna com o da mãe, e assim as duas seriam homenageadas ao mesmo tempo.
Passei a ser chamada Marineusa por todos e só me dei conta de que este não era meu nome aos doze anos, quando o professor Júlio Macêdo Costa, em setembro de 1957, exigiu a certidão de nascimento dos alunos que seriam inscritos no curso preparatório para o exame de admissão do então ginásio Padre Abath.Que confusão na minha cabeça!!! Como poderia eu, abrir mão do meu nome?
Como duvidar da veracidade da informação do meu pai que afirmava categoricamente que meu nome era Maria? Que crise de identidade para uma pré-adolescente! Continuei sendo chamada “Marineusa” embora no Registro Civil meu nome fosse Maria Santana Basílio, mais tarde modificado na certidão de casamento civil para Maria Santana Leite.
Na verdade sempre fui Marineusa e gosto muito do meu nome de guerra, porém jamais fiz justificação judicial pelo fato de Maria ser o nome da mãe de Jesus a quem eu muito amo.