Assédio de quem afinal?
Assédio de quem afinal?
A
Venida Paulista, centro de Sampa, lugar movimentado aonde quase ninguém se fala, todo mundo se esbarra e dizem que as pessoas não têm tempo de pensar em amores... Em amores pode até ser, mas se cada escritório daquele falasse... O som que se ouviria naquelas ruas seria outro, sexo, sexo, sexo, sexo.
Em trabalho sempre acontecem situações de proximidade, eu tinha uma amiga e também colega de trabalho que não andava bem com o namorado, na altura eu também tinha terminado uma relação com uma pessoa que foi uma paixão, em suma os dois andávamos em baixa no amor…
Fomos fazer um trabalho de campo, isso implicava um andar com o carro e o outro a pé… Como cavalheiro, resolvi ir eu a pé e ela do carro.
Mas ela decidiu me oferecer uma carona até minha área de trabalho.
Eu estava concentrado em meu trabalho, criando gráficos e estratégias, quando minha amiga me disse o seguinte:
_Hoje faria uma loucura com você.
Pensei comigo... Vai me pagar um almoço.
Ela era uma mulher bonita, grande, coxuda, objeto de desejo de muitos homens no escritório, e pra mim ela repetiu:
_ Hoje faria uma loucura com você.
Levei aquilo na boa, brincadeira de amigos…
Nesse dia o namorado passou para vi-la buscar e ela não quis ir com o namorado, e preferiu regressar para casa comigo. Mais uma vez levei aquilo numa boa imaginando que ela teria tido uma discussão com o namorado…
Isto passou e na sexta à tarde, recebo um telefonema dela, perguntou-me se eu não queria ir passar o Sábado com ela, que o namorado não ira estar.
A casa, naquela altura, era dela e do namorado então eu resolvi, que mal faz ir até lá e fazer-lhe companhia? Estava sozinho mesmo e nada naquele dia iria mudar, aceitei como amigo.
Almoçamos nesse Sábado, ela fez o almoço, bebemos uns copos, e ficamos na conversa e a beber, ela era uma pessoa com um aspecto sério!!! Tinha um ar altivo, e ao mesmo tempo, para quem a conhecia, um ar de gostosa, de boazuda, de quem não deixava assuntos sexuais para depois.
Mas, como os copos são terríveis, (não que alterem nada, só libertam para se fazer o que sóbrios simplesmente desejamos, só que achamos que não devemos fazer, ou seja, os copos não passam de uma desculpa) começamos a falar de sexo!!!!
Claro que a conversa iria parar aí, até porque eu tinha uma enorme curiosidade em relação ao que ela poderia fazer na cama… e ela afinal não brincava quando dizia o que fazia!!!
De repente ela disse-me:
- Vamos para o quarto, lá está mais fresco, o ar condicionado me lembra nosso escritório.
Estávamos no Inverno…
Ela levantou o edredom de estampa de onça, e deitamos por baixo, e como é óbvio tocamo-nos de leve... Trocamos um daqueles olhares e, opsssss já estava à desgraça feita!!!!
Ela pega-me um quente, molhado, corajoso, beijo na boca…
Mas a maior surpresa foi quando ela integralmente me arrebentou o botão da camisa saltou-me em cima e começou a esfregar-se no meu corpo.
Enquanto isso ela foi abrindo as calças dela, e as minhas.
Depois, afastou-se um pouco e despiu-se toda
Voltou a sentar-se em cima, e de uma vez, foi-se movimentando e rebolando em cima de mim...
O corpo dela era surpreendentemente mais interessante e excitante do que se imaginava quando ela estava vestida!!!
De repente ela para, me olha nos olhos e me diz:
_ o que você sente por mim?
Eu pensei no que responderia... E pateticamente respondi:
_ Respeito.
Ela ficou de pé na cama e me respondeu:
_ É tudo que eu não quero hoje de você, quero que me trates como uma prostituta.
Ela olhava pelo espelho assim como eu e isso dava uma excitação ainda maior.
De repente mandou-me parar e voltou-se pra mim, pediu-me que me amarra-se, e eu deixei, e gostei.
Pediu-me que dessas tapas em sua cara e nádegas.
E eu mais uma vez assim obedeci
Ficamos ali a olhar um para os outros extasiados…
Pensei na reação dos meus amigos de trabalho, se pudessem ver aquela cena que havia se instalado ali, eu, o nerd do escritório, e ela, a mulher concentrada, séria, mas que usava micro calcinhas que era impossível não repará-las, ou imaginá-las.
Pensei que havia feito o melhor dos negócios, que dali em diante, faríamos sexo, na garagem do prédio, nas horas extras, nas happy ours e em todos os momentos de folga.
Mas no dia seguinte ela me cumprimentou secamente e polidamente.
Evitou se dirigir a mim como amigo, e falou apenas assuntos de trabalho.
Acabamos por ficar assim, não nos tocamos mais, não nos sentimos mais, um dia aquilo foi me sufocando e decidi perguntar a ela, se não havia gostado, ela respondeu:
_ Ao contrário, se eu não tivesse gostado repetiria pra tirar a dúvida.
Eu era realmente um tolo, achando que aquela situação se prolongaria,comecei a imaginá-la fazendo sexo com outros homens do escritório e aquilo me matava de ciúmes.
Combinamos que nada disso se saberia no trabalho, mas acabei me abrindo para um amigo, como é óbvio, e assim aconteceu, a fofoca se espalhou um dia fomos chamados na sala da diretoria, com a seguinte informação que rolava o assunto de assédio sexual de uma das partes.
Ela obviamente negou, e eu indaguei quase que inocentemente:
_ Assédio de quem afinal?
Olhei pra ela, minha vontade era xingá-la, não que tivesse me oferecido algo mais que sexo, mas me maltratara me dando uma noite quente e me largara na sarjeta, para meu desespero, mas reprimi minha vontade e segui em frente, meus pensamentos me traiam, eu olhava pra ela séria e pensava em gritar ao nosso chefe, ela é uma p... na cama, me usou como quis, e nem comigo direito fala mais, ela não só me assediou, mas também me usou sem dó nem piedade, mas a única coisa que fiz foi pedir licença e me retirar.
Continuamos bons Amigos.
A única coisa que mudou foi o fato de á partir desse dia, saber que minha amiga de trabalho era boa de cama, devoradora e eu... Um simples objeto descartável do seu desejo