A ESTÓRIA DE UMA CUECA
A ESTÓRIA DE UMA CUECA
Após ter sido colocado um aviso no muro do estacionamento da Pousada com os seguintes dizeres:
NÃO JOGUE LICHO
O pedreiro que o havia escrito nem percebeu o erro ortográfico quando eu lhe chamei a atenção:
- Oi seu "Fredo", LIXO se escreve com X e não com CH...
- É mesmo “sô”, como é que faço?
- Sobrou tinta para fazer um X por cima do CH?
- A tinta dá...
- Então corrige... e foi o que ele fez...
Ficou meio borrado, mais dá pra dá o recado...
No dia imediato o Gerebinha 2 logo cedinho viu o erro do pedreiro e ficou gozando com o lixo ali borrado.
No segundo dia bem cedinho comecei a recolher lixo nas imediações do aviso. Eis se não quando em minha frente uma cueca velha e rasgada.
Eu não a recolhi deixando-a no terreiro.
A dona esposa do senhorio, eis se não quando depara com a dita cuja cueca ali jogada no terreiro.
- Estão tranzando no estacionamento... Veja só perderam até uma cueca...
A irmã do Gerebinha tomou as dores da cueca:
- Eu não estou tranzando em lugar nenhum...
A fim de não ver a extensão do drama fui lá no terreiro peguei a dita cuja cueca, estava limpa, com as pontas dos dedos e a joguei no lixo...
A irmã dele que participou do desenrolar desde o lixo com ch, esperou o irmão acabar o café, mostrando-lhe a cueca velha e rasgada:
- Reconheci a cueca ontem estava ali no varal, ela é do Gerebinha...
Goiânia, 24 de junho de 2011.