ARTE E LUTA
Cidade inchada, Cabeça terra e coração vazio.
Favela entulhada, humilde... da terra que perdeu
O incentivo a esperança, o necessário pra a vida...
Que é sofrida... mas, quer viver.
Vivendo ao meio das vias riscadas, poeira pintada,
Do chão abatido, surrado e ferido, para a progressão.
Cortiço privado sem privacidade de uma vida de cão.
Surgindo criança traçando futuro;
Uma nova esperança;
De um dia voltar ao sertão que é seu.
Ressurge no meio da selva rasteira;
Em meio à poeira, menino- cabeça;
Que pensa prá frente, unindo correntes;
Em um movimento que quer conquistar
A dignidade do povo que sofre;
Da ira excludente deste capital.
E... o povo se junta, unindo em fileiras.
Bandeiras vermelhas tremulam ao vento;
Juntando com outras em uma aquarela
De cores diversas.
O povo avança rompendo a porteira da cerca farpada
Seja madrugada ou dia a pino;
Mostrando a coragem de um povo guerreiro
Que quer libertar.