ARTE E LUTA

Cidade inchada, Cabeça terra e coração vazio.

Favela entulhada, humilde... da terra que perdeu

O incentivo a esperança, o necessário pra a vida...

Que é sofrida... mas, quer viver.

Vivendo ao meio das vias riscadas, poeira pintada,

Do chão abatido, surrado e ferido, para a progressão.

Cortiço privado sem privacidade de uma vida de cão.

Surgindo criança traçando futuro;

Uma nova esperança;

De um dia voltar ao sertão que é seu.

Ressurge no meio da selva rasteira;

Em meio à poeira, menino- cabeça;

Que pensa prá frente, unindo correntes;

Em um movimento que quer conquistar

A dignidade do povo que sofre;

Da ira excludente deste capital.

E... o povo se junta, unindo em fileiras.

Bandeiras vermelhas tremulam ao vento;

Juntando com outras em uma aquarela

De cores diversas.

O povo avança rompendo a porteira da cerca farpada

Seja madrugada ou dia a pino;

Mostrando a coragem de um povo guerreiro

Que quer libertar.

Lumar Rodrigues
Enviado por Lumar Rodrigues em 19/06/2011
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