Troca – troca

“Troca,troca” pode significar muita coisa.
Em nossa época, podia ser aquela fase da puberdade, em que você despertava para os prazeres do sexo e “inocentemente” trocava experiências com um seu coleguinha.
Troca? Ah sim, é verdade!
Tinha gente que gostava só de “troca”.
Quem ainda não ouviu uma pegadinha como esta?
“Você não deu quando pequeno?
Sinistro, muito sinistro cara!
Você corre o sério risco de querer dar, agora depois de grande.”
E você que está lendo e sorrindo aí agora?
Será que nunca fez também, o seu?
Nos dias atuais, o “troca-troca” mais comum de que se ouve falar, refere-se à desavergonhada troca de favores políticos, no meio tupiniquim - mais seviciado do mundo - do exercitar o poder.
Mas, deixando esta nojeira de lado, vamos brincar de outro troca-troca?.
Quero falar do troca-troca de palavras nas frases, dando-lhes sentidos diferentes, pelo simples alternar de suas colocações.
Atentemos para as frases, por exemplo:

"Estar seguro no lugar errado".

"Estar errado no lugar seguro".

A primeira diz respeito àquele ciclista, que só tem coragem de andar na contramão, do contrário; corre risco eminente de ser atirado para o alto, pelas costas, devido ao alto grau de disciplina do motorista brasileiro, que não faz de seu carro uma arma, né?
Tem mais: respeita as leis de “se beber não dirija, se dirigir não beba”.
A segunda frase, é o desrespeito do cara de pau, que pratica nepotismo.
Geralmente, vem de quem está ao lado da lei, assentado - durante o trabalho - confortavelmente em sua cadeira, de encosto alto, ”quase de balanço” adquirida com o dinheiro público.
El pidi o Donizete explicação, mas seu poema não me convenceu.










Veja também outro troca-troca em“ 100 anos de vírgula”.

Afonso Rego
Enviado por Afonso Rego em 18/06/2011
Reeditado em 11/04/2012
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