MEMÓRIAS DO BUSCAPÉ = a sua novela virtual =

                           



Cap 23 = UM NOVO AMOR


                                        

Depois que terminou o romance com o Durvalino, Clotilde ficou muito triste.

Por algum tempo alimentou a esperança de que ele terminasse o namoro com a outra e voltasse para ela, pois, ele parecia muito apaixonado, mas não foi isso que aconteceu.

Ele casou-se e ela não conseguia esquecê-lo, embora sentindo remorso, pois, afinal ela era uma moça de boa família e não podia alimentar o amor por um homem casado.

Quando chegou o carnaval, por insistência de dona Yolanda que achava que ela precisava divertir-se um pouco, foi à cidade para participar dos festejos.

Hospedou-se em casa de uma amiga e na primeira noite foi com ela ao baile.

Dançou um pouco, tentou participar da folia, mas não conseguiu alegrar-se.

No dia seguinte, saíram as duas a rua para apreciar o movimento.

Naquela época, o carnaval de rua da rapaziada consistia em atirar água nos transeuntes.

Quem não quisesse o banho indesejado que ficasse em casa.

Os foliões respeitavam os idosos e as mulheres, mas mesmo estes, às vezes, ganhavam uns borrifos e até um pouco mais do que isso.

Quando Clotilde passava por um grupo de rapazes, de repente, um balde de água a atingiu em cheio ensopando-a toda, dos cabelos até os pés.

Assustada e constrangida, procurou retornar a casa, o mais rápido possível, sem nem mesmo prestar atenção nas desculpas do rapaz que, evidentemente não tivera a intenção de atingi-la.

Á noite, no clube onde se realizava o baile, o rapaz aproximou-se dela apresentando-se e mais uma vez desculpando-se pelo mau jeito.

- Meu nome é Cássio.... Gostaria que me perdoasse... Foi um descuido...

- Imagine! Já esqueci. Afinal quem sai à rua em dia de carnaval corre o risco de tomar banho sem querer.

Riram, ele convidou-a para dançar e acabaram ficando juntos até o final do baile.

Na noite seguinte, a última, de novo, fizeram-se companhia e ele acabou dizendo que gostaria de encontrá-la mais vezes, conhecê-la melhor, e tal.

Clotilde simpatizou-se com ele, mas não tinha certeza de que ele poderia fazê-la esquecer o Durvalino.

Eram tão diferentes! Ele não tinha a pele crestada nem as mãos calejadas do garimpeiro.

Suas mãos eram finas, seus modos refinados. Era um dentista. Nunca encontraria uma “pedra grande”, mas podia sustentar decentemente uma família.

Será que Clotilde vai conseguir esquecer o outro?


                                                
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Maith
Enviado por Maith em 03/06/2011
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