O tempo...
Hoje me peguei lamentando de como o tempo passa rápido por nós. Não sei se lamentando é a palavra certa... talvez apenas fazendo uma ressalva de forma mais saudosa... não sei!
Conversando com uma grande amiga minha vimos quanto tempo já estávamos juntas e parece que foi ontem que encontrei-a, junto as outras, conversando em um banquinho no corredor.
De repente estava olhando pra pilha de livros lidos, DVDs adquiridos e assistidos, a interminável pilha de Xerox na prateleira desorganizada do meu quarto, os livros do ensino médio empoeirados e esquecidos...
Como passa rápido esse danado desse tempo...
Passagem perceptível nas mínimas coisas que acontecem desde os primeiros momentos da manhã até os últimos segundos de pálpebras quase se fechando quando estamos deitados na cama prestes a cair em um sono profundo (ou nem tão profundo como o meu).
É o cabelo dela que está na cintura.
É ele que engordou mais um pouco.
Um convite de casamento na minha mesa.
Lembrancinha de chocolate de um batizado na geladeira.
Os móveis diferentes em certos lugares da casa.
A sala de aula diferente a cada semestre.
As pessoas novas que entram em seu circulo de amizades.
Aquelas que desaparecem...
A grama ficando mais viva e as árvores que vão crescendo ao nosso redor e que só se torna perceptível quando esperamos a carona pra casa.
Ah o Tempo! Tantas formas de reconhecer sua passagem e nos atemos tanto a segundos e minutos do relógio de pulso, muitas vezes rezando para que corram o mais rápido possível.
Pensei em tantas coisas pra escrever hoje, em um conto engraçado, algo pra algum enventual leitor rir, falar de um filme ou de futebol de novo, mas a única coisa que fluiu quando sentei na frente do teclado foi o tempo... Esse... como poderia chamá-lo? Fator? Fenômeno? Sucessão de eventos marcados por ponteiros?
Esse componente tão subjetivo da nossa vida que as veze nos torna escravos, que as vezes nos torna pacientes, que as vezes nos trasfoma em lembranças...
Ah o Tempo!Tão subjetivo... Tão misterioso...
O Tempo...