NA CURVA DO RIO...
Essa estória começa quando um grupo de amigos cotidianos resolve que precisa encontrar um paradeiro para contar seus casos/causos e bebericar o vinho, wisque, cerveja,ice, cachaça,refrigerante ou mesmo água, entrecortando goles com um pedaço de churrasco, peixe assado, ou quaisquer outras iguarias, tudo com muito riso.
É a estória da turma da Curva do Rio, com bloco de carnaval e tudo.
O primeiro a chegar foi o Cachimbo, mineiro maneiro, contador de piadas, namorador, adora dançar e piscar a prosa com as moças, dizendo matreiro " você cabe para mim".Só resta dizer " me ajuda aí"...
Veio se juntar o baixinho Buda, capixaba, falador e brigão, que no auge da conversa grita: " posso falar"? ou então, solta um desavisado grito de " gente não acredito". E segure a picanha, se puder.
Amélia e Carlos vieram depois, ela tímida e sorridente, enquanto ele
falador e bom de panela, dizem que ás vezes a iguaria meio que mingua no fogão de Carlos, será que passa do ponto ou do gole? Mas
o fato é que o famoso " salpicon" de Amélia, faz sucesso, junto ao galo cozido de Carlos.
O dono da casa por assim dizer, Pedro, é um homem de bem por natureza, calmo, agradável e solícito, ninguém ousa tirar conversa fiada com ele que logo diz : " olha minha cara de preocupado", e vai servindo o rango e a birita entre umas passadinhas de um ritmo de dança que só ele conhece. " Show de bola, chique..."
O tenente que não poderia ficar de fora, cria das suas confussões, ele bebe, grita, xinga e pede desculpas com olhar inocente de quem nada fez, tira o boné em reverência a Deus e vai seguindo sua prosa com os "tios e tias".
Mais um casal que não falta ao tal encontro da curva do rio,Cristina e Júnior ( ele bom cozinheiro de peixe assado, churrasco),ambos falam demais, dão muita risada e são figurinhas carimbadas no tal calçadão, com mesa cativa e tudo.Mas tem que ter caipmaracujá.
Não dá para esquecer de Ana e Roberto,ela também tímida, mas sempre amiga e disposta a falar e fazer " vamos recolher a louça", ele mais brincalhão, solta foguete e coloca fogo na roda de amigos com suas brincadeiras.
O grupo sempre está em fase de expansão, citei apenas os membros efetivos, por assim dizer,mas ainda tem o Faísca que dança e rodopia com os braços abertos, o Dique que é uma festa só com sua risada sincera e um belo Cd de Bruno e Marrone.
Não há como esquecer da cozinheira gente boa Alfredina, que nunca acha tempo ruim e diz no meio da tarde de domingo " que tal um bolo de cenoura com calda de chocolate"? E quem vai dizer não?
A esse grupo de amigos, outros sempre vão se agregar, muitas vezes uma simples tarde de sábado se transforma em festa junina em janeiro, carnaval em setembro... enfim, uma festa que nunca tem fim.
Esse causo é verdadeiro, os amigos são sinceros e sempre presentes e a realidade a ser dita é que os nomes foram substituídos,mas quem os ver na curva do rio ,na esquina do calçadão saberá sempre que pode chegar e pegar um copo e um prato, lugar nunca vai faltar.
Ah, sim a curva do rio, na verdade é uma esquina á beira-mar.
P.S. Deixo nesse conto um abraço de amizade a todos os amigos queridos que partilham nossos finais de semana de verão a verão, a cada linha escrita, um sorriso e um caso vivido veio á mente. Beijo a todos.
Márcia Barcelos.
24/05/2011.