O PAI QUE EXPLORAVA O FILHO

Aos doze anos de idade, Paulo começou a trabalhar na padaria de seu pai, juntamente com seu irmão mais velho, o Antonio. O senhor Arnaldo o pai de Paulo viu que a saída de pães estava sendo muito pouca no balcão, e o menino Paulo ficava no balcão vendendo, e o seu irmão mais velho, o Antonio ficava ajudando o seu pai para fazer o pão.

O seu Arnaldo chamou o Paulo para uma conversa e disse:- Olha filho a saída de pães aqui no balcão está sendo muito pouca, e não estou conseguindo nem pagar a energia, e nem a água, eu preciso mais de um esforço seu. -Como assim pai? Perguntou o Paulo. - Olha filho você precisa sair pelas ruas do bairro oferecendo os nossos produtos, dizendo que eles são os melhores do nosso bairro. - Tudo bem pai! Respondeu o menino, mais como é que vou vender esses produtos meu pai, se eu estou aqui no balcão. - Pós bem filho deixa eu te explicar.Falou o pai do menino.

-Olha quando você for pra o comércio, o seu irmão Antonio fica no balcão até você retornar, você chegando assumi o serviço no balcão, e seu irmão vai ficar comigo para fazer o pão para tarde entendeu agora, meu filho. -Sim pai entendi sim, mais vou levar esses produtos em que mesmo? Perguntou o filho Paulo já preocupado. –Olha filho você começa levando no balaio, na cabeça e quando as coisas melhorar, eu compro um carrinho de pão para você vender nossos produtos. - Na cabeça é fogo ne pai! Falou o menino.já um pouco triste e envergonhado.

Mais mesmo assim o menino Paulo acata a ordem do seu pai, e manda que o pai coloque alguns produtos no balaio e ele sai, pelas ruas daquela cidade oferecendo os pães. No primeiro dia ele não vende quase nada, mais no segundo dia em diante, o menino começa a conseguir alguns fregueses já certos, já que os produtos eram de primeira qualidade, e eram todos bem novos e quentinhos. Dois meses depois, o menino passou a levar também alguns pacotes de bolachas, para oferecer nas pequenas bodegas que ali existam, e assim o pequeno rapaz foi levantando o comércio de seu pai.

Aproximadamente cinco meses depois o pai de Paulo comprou para ele um carro de madeira, com duas rodas para ele fazer suas entregas. Paulo ali se sentia discriminado pelo pai, já que o ele cobrava mais de paulo, enquanto o seu irmão Antonio tinha toda regalia que ele nunca teve. O pequeno Paulo além de trabalhar no balcão, vendia os produtos nos bairros mais próximos, e ainda tinha que dormir no comércio de seu pai. Já que ficava perto de uma favela, e eles temiam que os bandidos viessem para querer roubar os maquináreis da padaria.

Um certo dia ainda lembro, que o menino Paulo vinha para fazer entrega das mercadorias, e estava chovendo muito, e já era quase sete horas da manhã, e não tinha como ele vim sozinho, já que tinha que subir uma ladeira, e ainda não estava calçada, e o barro bem vermelho bem deslizante dominava aquela passagem. Foi quando seu Arnaldo percebeu que Paulo ainda estava esperando que a chuva passasse um pouco ele falou bem alto. –Var embora seu preguiçoso já são quase sete horas, e os produtos tem que chegar ao cliente ainda quentinhos !- Deus tomara que haja sobra, que você vai me pagar viu seu merda.- Sim pai eu vou! Mais como é que eu vou subir aquela ladeira toda escorregadia com esse carro pesado em?- Mande que meu irmão Antonio me ajude até depois da ladeira, já que o carro está cheio de produtos pai.

O pequeno Paulo olhou para seu irmão Antonio que ficou rindo da cara dele e disse:- vai embora preguiça do mundo. -Olhe pai ele ainda não foi olhe. Falou o Antonio. - peraí que ele vai já. Falou seu Arnaldo já revoltado com Paulo. Arnaldo pegou um pedaço de corda, onde Paulo armava sua rede, e deu umas cinco chibatadas com a corda sobre as costas de Paulo, e mandou que ele viesse logo debaixo de toda chuva.

Nesse momento o pequeno Paulo sai com uma pequena capa sobre a cabeça que pouco cobria seus joelhos já que ele era magrinho e bem alto, e vai embaixo de toda chuva, ali ele começa a subir aquela ladeira empurrando o seu carrinho cheio de mercadorias, e devido está muito pesado ele não consegue segurar o seu carro na ladeira que começa a descer para trás, ele tenta subir varias vezes, e o seu carro volta novamente. Quando ele tentou que já estava muito cansado que não agüentou mais ele caiu perto do carro e começou a chorar de tanto desgosto. A chuva continuava caindo naquele bairro, e o menino ainda caído sobre o chão todo sujo e melado de barro, as lágrimas dele se juntava com as água da chuva ele muito cansado olhou para o céu, e ainda sem experiência mais orou assim mesmo, até porque não tinha ali por quem chamar. – Meu Deus, Meu Deus, me ajude meu pai, como é que vou conseguir subir essa ladeira com esse carro tão pesado, meu pai me ajude meu pai. Alguns minutos depois a chuva passou, e o menino já tinha repousado um pouco, foi tentar subir a ladeira outra vez, e assim ele conseguiu. E nesse dia foi o dia que ele vendeu mais mercadorias, e chegou de volta muito mais cedo de quer antes.

Quando o pai viu que Paulo tinha vendido todas as mercadorias, ele abraçou se com ele e falou:- Meu filho, meu filho te amo muito, você é, e será sempre meu maior orgulho.

Armando Morais
Enviado por Armando Morais em 22/05/2011
Reeditado em 22/05/2011
Código do texto: T2986294