ESTÓRIA PERDIDA
Quando eu ia para a feira da Praça Tamandaré ocorreu-me uma estória linda na cabeça. Vou grava-la no meu pensamento e ao chegar em casa digita-la.
Ao passar pela praça do Sol outras estórias com o meu amigo Sebastião a de numero 2 e 3.
Repeti-las-ia a toda momento enumerando-as.
Distrai-me ao fazer as compras.
De volta lembrei de duas, mas a primeira fugiu-me por completo do meu “penso”...
Esforcei-me tanto a recorda-lo que as duas da manhã dei por conta de uma insônia. Pensei vou lá no cofre onde eu os guardo e tomar um Rivotril a fim de recuperar os meus sonhos, embora sonhos rivotrilzados viram terríveis pesadelos.
Às nove horas da manhã resolvi percorrer o mesmo trecho tentando reavivar na minha mente a estória perdida.
Procurava pelas sarjetas, pelos passeios, pelas gramas e nada da estória.
Uma senhora empunhando duas Poldlers veio ao meu socorro:
- O senhor perdeu algo?
- Perdi...
- O que foi que o senhor perdeu? Foi algo de valor?
- Sim de muito valor...
- Posso ajuda-lo? Fala-me o que o senhor perdeu...
- Foi uma idéia preciosa a estória de um conto...
Ela me olhou pasma com a cara de que queria falar:
-" Coitado ficou doido pirado".
Passei a fazer titiu para as suas cachorrinhas, uma branca e uma preta. Notei sua cara estarrecida e apiedada com minha desdita.
Então virei para a cachorrinha branca e perguntei-lhe:
- Você não viu a estória do vovozinho por aí não?
Claro ela não falou nem latiu nada, deu um grunhido amigável. A senhora estava com ela no colo virando a cara dela para o meu lado começou a cantar:
- Parabéns para você nesta data querida...
Enquanto ela cantava a cachorrinha acompanhava-a com as mãos batendo palmas ao ritimo dos parabéns...
Despedi-me dizendo até logo, estória perdida é assim perde-se uma e logo acha outra legal...
Goiânia, 20 de maio de 2011.