Perdida na tarde suja (parteI)
Silvia caminhava olhando mais uma vez o mar azul. Um dia quente após vários chuvosos, em que vinha de uma jornada tensa de trabalho pesado. Parecia que carregava facas encravadas nas costas.
Ambiente hostil, pisava em ovos. Mas a fé em dias melhores a acompanhava.
Fazia–lhe falta a conversa diária com os filhos, que foram crescendo acompanhando os sabores e dificuldades de sua carreira. E como era um bálsamo ouvir suas idéias juvenis, filosóficas . Agora estava longe das crianças.
A escolha pela mudança de cargo, cidade, modo de vida foi sua, assim como a responsabilidade pelas conseqüências. Nada de novo. A não ser a saudade que ela havia esquecido que iria sentir.