MIMI E A SUA PALIÇADA

Mimi sempre foi um bom sujeito.Pense em uma pessoa trabalhadora!Assim era mimi,acordava sempre cedo com

boa disposição apesar de meio nauseabundo,andava atento há nova jornada que o dia seguinte trazia em sua

vida.Costumeiramente pela manhã apiava o burro agupava na carroça e se destinava mata adentro a procura

de matérias primas ou quem sabe,em busca de coco seco,coco de água,galho de pau seco,para fazer lenha de

forno ou qualquer tipo de coisas honesta que transformassem em alguns trocados para o sustento de sua fami

lia.

Era um homem aguerrido,não tinha,estudo,luxo nem muita vaidade. Não gostava de qualquer ambiente,sobre

tudo como matuto ele mesmo dizia; estar convicto do seu acomodado comportamento em qualquer lugar que

estivesse,jamais dispensou as boas lições do felecido Gregorio seu querido pai, qual sempre teve um grande

respeito quando criança, e uma esmerada educação familiar mesmo vivendo na roça.Dos seus conterrâneos não

lhes faltava elogios,servia sempre que pudesse a quase todos os chamados para fazer um cercado fossem aon-

de fosse.Não existia quantidade de terra que ele não cercasse,com sua técnica aguçada inovava uma maneira

de terminar com com consistencia o seu trabalho.

Bastava algum colega dizer; mimi temos uma paliçada para fazer amanhã,que logo ele respondia:fique tranquilo

que amanhã se Deus quizer faremos,é só arranjar estaca grampo de cerca e arame,esse é o meu forte é o meu

trabalho e gosto de fazer mesmo cobrando uma quantia irrisória,o que mim importar é ganhar o meu pão de ca-

da dia.Então dessa forma mimi seguia sobre chuvas,sobre um só escaldante do sertáo,sem achar ruim, sem re-

clamar,o que mais lhe interessava era abrir olhos e no dia seguinte ter o que fazer.De uma coisa fiquem bem

certos,de que para fazer paliçadas naquela região e regiões vizinhas era muito dificíl encontrar alguém que fi

zesse tão bem caprichada como ele.

Só que um belo dia mimi resolveu fazer uma paliçada em suas terras,e arquitetou faze-la de forma diferente e

arquitetou um plano e se deu mal.Saiu catando palha de coqueiro,e pôs se enfiar as talhas no chão,seguida de

um arame farpado como era de praxe em todas paliçadas que ele fazia alem dos grampos para segurar.Prestem

bem atenção,que o pior estava para acontecer:Mimi se esqueceu que tinha de fixar a base da paliçada no solo

e de renpente ele não contava com as chuvas viria pela madrugada,as enxurradas com bastante força jogou

no chão um dia de intenso trabalho.Quem diria que um bom fazedor de cerca pudesse ser desafiado pela natu-

reza,daí fica uma pergunta será que se ele tivesse socado bem os pés da cerca ela tinha caido?Coisa é quase

certa.A fixação quando se planta uma base se faz essencial para se manter intacto no lugar aquilo que estamos

construindo.Ede uma maneira tão desastrosa a sua bonita paliçada feita de tala de coqueiro se precipitou ao so-

lo deixando mimi bastante aborrecido diante do ocorrido.Enquanto ele mesmo se lamentava:Existe coisas na vi

da que não consigo entender,como é que eu estou fazendo tudo dia isso,e justamento o meu não acertei fazer!

Então alguns amigos lhe acalentava:Se acalme que todo mundo tem direito de esquecer,e sem tecnologia sol e

chuvas é bastante dificil de se prever.

JOSÉ ANTONIO S. CRUZ

Salvador-Ba.26/12/2010.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 06/04/2011
Código do texto: T2892934
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