Texto pobrezinho.Rico por ser verdadeiro!
Chegou: Aí está cheia de vida, de luz de alegria. O sol espalha seus raios cheios vida por toda essa terra de Deus.
Cobertas de flores as árvores aguardam o milagre da reprodução, que a mãe natureza, as ornamente de saborosos frutos.
Andorinhas
Aí estão de volta com seus cantos, esvoaçando por esse céu azul.
Voltaram! Não esquecendo seus ninhos, anunciadoras da Primavera afanosamente arranjam ou fazem de novo seus palácios dependurados nos beirais de casas antigas.
Raramente fazem ninhos em construções modernas. Um mistério a juntar a tantos outros.Será porque não sentem tanto calor humano?
Pois que responda quem souber. Eu não sei. Ignorante me confesso.
Vem há memória tempos antigos, memórias de criança, em que os ninhos eram considerados coisa sagrada. guardados com respeito, de um ano para o outro.
Não são histórias, não! Crianças passavam horas lançando ao ar pequeninas penas de galinha, apanhadas em velhas capoeiras, a aragem que corria as levava ao alto, onde eram apanhadas em vôo e levadas para o ninho.
Hoje nada disso se vê, ficam apenas na memória dos mais velhos, estas memórias dos mais novos, dessas crianças,que vão desaparecendo com os adultos, sem que ao menos a memória fique.
Tudo desaparece na voragem do tempo.
Andorinhas
Quem mais se parece com elas? Esses seres, que partindo da própria terra, se lançam por esse mundo desconhecido, fazem família, mas sempre voltam ano após ano enquanto o ciclo da vida o permite.
Mas voltam sempre: Como as andorinhas, muitos se perdem pelo caminho, faltando as forças, não podendo voar. Vêm os filhos de visita ao lar(ao ninho) que os aqueceu.
Andorinhas
Partem, voando de muito longe, voltam ao encontro do pequenino palácio de não mais de vinte centímetros. Não se enganam!
Sabem qual é o seu entre os muitos encontrados.
Aparecem, e despedem-se no tempo certo. Alguma coisa as chama ao lugar aonde foram felizes.
Emigrantes
Voltam ao lugar aonde nasceram. Ao lugar de suas raízes.Regressam ao lugar aonde trabalham, gastaram os dias de sua juventude da existência,sofreram,construiram família. São felizes tanto quanto a saudade o permite.
Aí estão em plena Primavera resplandecente de vida e de cor.
Mas Óh tristeza para quantos(quantas)não será esta a última Primavera!