Vestido branco
Já estava eu só em meu quarto pelo sétimo dia seguido, já fazia uma semana que encontrei minha ex-namorada em sua cama fazendo sexo oral em um garoto da escola, eu não comia direito e não conseguia prestar atenção em minhas aulas.
Ouço minha mãe me chamar, como sempre deve querer que eu vá ao mercado, eu odeio ir ao mercado, sempre um dos caixas fica me encarando, tenho vontade de cortar a garganta do desgraçado com a lamina de uma das giletes que estão a venda, mas por incrível que pareça ela só quer me mostrar os nossos novos vizinhos da frente, a casa já estava a venda a anos, os últimos donos foram encontrados pela empregada, estavam mortos, envenenados em suas camas, o marido e a mulher abraçados nus, como se houvessem acabado de transar e a filha parecia um anjo deitada abraçada ao seu urso de pelucia. De longe eu vi um casal, um homen alto e branco, com cabelos castanhos claros e uma mulher loira, branca, muito bonita por sinal, havia mais uma pessoa, talvez o filho, mas parecia curioso para conhecer a casa, entrou correndo e por isso só consegui ver seu vulto.
Voltei ao meu quarto e sentei-me a janela olhando as pessoas felizes na rua, apesar de tudo existi muita falsidade na vizinhança, tem uma mulher a Maria ela esta lá falando com uma das nossas vizinhas, ela a enche de elogios, seus cabelos, roupas, unhas, etc. Depois vem em minha casa e fala mal de todos o dia inteiro junto da minha mãe (que é outra fofoqueira). Ouço um barulho de janelas rangendo, olho para a casa da frente, a dos novos vizinhos, a janela de frente para minha se abre, pássaros voam e algumas folhas secas são empurradas e levemente caem ao chão, na janela aparece um belo ser, cabelos loiros lisos dançando com os ventos, sua pele clara parece ser lisa como seda, um corpo magro, perfeito, da para ver que já existiam belos seios por baixo daquele vestido branco com apenas duas alças em formato de laços em seus ombros, quando a vi meu corpo paralisou, ela me viu também, reparou que eu a olhava fixamente, talvez tenha ficado com medo porque ela me olhou, deu um sorriso (que me encantou) e virou-se rapidamente saindo da frente da janela, fiquei ali, imóvel, vendo em minha mente a imagem de perfeição daquele ser.
Passei o resto do dia em meu quarto, pensando nela, qual seu nome? Sua idade? De onde ela vem? Ela namora? Ela gostou de mim? Nesta tarde minha ex não foi nem mesmo uma lembrança, esqueci seu rosto, meus momentos com ela, seus atos, só me lembrava de minha nova vizinha.
No dia seguinte acordo pela manha, ao me levantar dou graças a Deus por ser sábado, vou ao banheiro tomar banho e fazer o que todos fazem quando acordam, desci para a cozinha, queria comer algo, ouço da sala minha mãe dizendo que se eu quisesse pão teria que buscar.
Volto ao quarto, pego algumas moedas e troco de roupa, vou ter que ir ao mercado, o mercado não é muito longe de minha casa talvez uns cinco minutos.
Desço para a rua, fecho o portão de casa e me viro, a vejo, ali, na minha frente, um oi tímido sai de sua boca, sua voz é suave como o toque de uma pétala de rosa, ela é ainda mais linda de perto, minha resposta demora a sair mais um oi muito tremulo sai aos poucos por meus lábios, ela me diz que se chama Caroline e que sua mãe a mandou ir ao mercado mas ela não sabe onde é, eu me apresento e a convido para ir comigo, fico com muita timidez pelo caminho, mas por mais que tente não consigo desviar meus olhos dela, quando consigo perguntar algo só digo:
- Você namora?
Ela me olha com uma cara tímida, mas responde que não, e na verdade nunca teve nenhum tipo de relação com ninguém.
Para mim foi uma surpresa ouvir isso, uma garota tão perfeita, ela me devolve a pergunta, eu acho melhor lhe dizer a verdade, falo a ela que terminei há uma semana com minha namorada, pois a encontrei com um garoto. Ela pareceu se assustar quando falei que vi minha namorada com um garoto, mas continuou conversando normalmente, na verdade ela até pareceu dar um sorriso de canto de boca.
Chegamos ao mercado, pegamos nossas coisas (como sempre um filho da puta ficou nos olhando), e voltamos para casa, nos despedimos no portão, ela me disse que gostou de me conhecer e que a gente iria se “trombar” por ai, me deu um beijo no rosto e se virou.
Fiquei ali ainda por alguns segundos, sentindo o toque dos seus lábios em minha bochecha vermelha, ao entardecer fui a rua ( como faço em todos os sábados), para encontrar meus amigos, nós ficávamos la dando risada, falando sobre a vida, mas como sempre o papo principal era sexo.
Ao longe vejo Caroline, ela esta linda como sempre, com outro vestido branco, este no caso com um tomara que caia, e a parte de baixo bem rendada, como aqueles vestidos de novela antiga, ela parecia vir em câmera lenta ( igual nestes filmes românticos em que a atriz principal é feia e fica bonita) ela vem em minha direção e cumprimenta a mim e aos meus amigos e se senta ali ao meu lado mesmo, no chão, sem preocupação alguma, ela conversa com todos, como se os conhecessem a anos, todos reparam que eu a olho com “outros olhos”, meu sorriso é enorme, mas logo fecho a cara, vejo ao longe minha ex, a conversa fica fria, somente Caroline não percebe, ela pergunta o que aconteceu, eu digo ao seu ouvido que minha ex esta vindo, ela olha para traz, se vira para mim , da um sorriso, primeiro ela da uma mordida em minha boca, depois seus lábios tocam ao meu e sua língua doce entra em minha boca, meus olhos se fecham, eu a seguro pela cintura e nos beijamos ternamente, o silencio é enorme, parecia que não havia ninguém a nossa volta, não tive coragem de abrir os olhos, depois de alguns minutos paramos de nos beijar, minha boca estava dura e já começava a doer, reparei que minhas mãos se encontravam no bumbum de Caroline, abri meus olhos, Caroline me olhava enquanto mordia sua própria boca, ao olhar os meus amigos todos estavam rindo, eles começam a bater palmas em tom brincalhão, não vi nem sinal de minha ex, nos viramos novamente e continuamos conversando só que agora eu estou no aconchego dos braços de Caroline.
A noite já estava acabando quando todos começaram a se despedir, deixei Caroline no portão de sua casa e fui embora, estava feliz como nunca antes em minha vida.
Passou-se alguns dias, eu e Caroline nos encontrávamos toda noite, tudo era perfeito, suas mordidas em meu percoço me faziam delirar, seus seios se encaixavam em minhas mãos, o toque de seu corpo no meu era maravilhoso.
Chegou o sábado, lá estava eu com meus amigos, eu dava risada por qualquer coisa, Caroline chegou surpreendentemente por minhas costas, ela me chamou para o canto, suas expressões não pareciam ser muito boas. Ela começa a dizer que seu pai precisa viajar muito por causa de seu trabalho e que por isso iria para outra cidade muito longe no dia seguinte pela manha, meus olhos se encheram de lagrimas, percebi que Caroline também quase chorava, nos abraçamos, uma lagrima escorreu por minha face, para não demonstrar sentimentos a enxuguei, passamos todo o tempo nos abraçando e beijando até o fim da noite, a deixei no portão de sua casa novamente,ela me deu um beijo rápido de despedida, os lábios de Caroline mal tocaram meu rosto, me virei e fui em direção a minha casa, olhei para traz, ela ainda estava ali, parecia enxugar o rosto, parecia chorar, corri para casa sem olhar mais para traz
Passei alguns dias muito mal, me recuperei com o tempo mas nunca a esqueci, até hoje não vi mais Caroline, as vezes sinto muito sua falta.
- Mamãe, mamãe!
Essa é minha filha Sabrina. Adotei-a por nunca encontrar ninguém perfeito para me ajudar a ter a “minha própria”.
-Mamãe tem uma pessoa no portão chamando você.
Estou na beira da piscina de minha casa, na verdade comprei a antiga casa de Caroline. Quando desço ao portão vejo uma pessoa com um belo chapéu, ela se vira em minha direção e diz:
-Uma amante nunca esquece sua paixão e sempre volta ao passado.
-Caroline...
Bem este é um pedaço “perfeito” de minha vida e da minha amante, minha deusa, aquela menina linda e meiga de vestido branco, após este ocorrido tivemos noite e Noites de “diversão”.
Espera, desculpa, contei um pouco de minha vida e nem mesmo me apresentei, Como posso?
Muito prazer chamo-me Laura...
(Este conto é totalmente inventado. Obrigado por ler)