...Tarde!
Escrevi "insaciável desejo tenho por teu corpo, anseio resposta. Ass: Porta da frente". A resposta?
Conheci-a um ano antes, cursavamos na mesma faculdade, no mesmo curso. Ela capturou minha atenção no momento que a vi!
Figura diferente, vestida de preto e cabelos vermelhos, mantinha um cigarro entre os dedos, e espirava a fumaça como que faz do gesto arte.
Em meses o acaso transformou dois desconhecidos em colegas proximos. Descobri sua fascinação por musica "erudita", sua constante busca em contruir memórias de outros em sua casa por meio de moveis velhos, fascinada por cadeiras, mesas, radios contanto que fossem velhos. Conversas na madrugada a dentro, em uma sacada, em um bar, em qualquer lugar...quando dei por mim moravamos juntos. Amigos, confidentes. Era eu quem escutava os prantos dela, amores não retribuidos, muito "blues" em sua voz. Em uma festa fomos juntos, e combinamos voltar juntos caso ninguem se disipasse com outros(as). Pois é, juntos voltamos. E no beijo de boa noite algo diferente pareceu querer acontecer. Estavamos bêbados, cansados, disfarcei e tratei como algo involuntário e sem querer. Não toquei mais no assunto.
Meses depois, comecei a notar como ela tinha mudado. Parecia mais... e isso me deixou confuso. Como podia me envolver com ela, companheira doce e sensível que dividia preciosidades da madrugada, apesar de sua imagem imponente. Quando me dei conta que pelas mesmas razões devia tentar algo:
Se naquela noite você me desse esse bilhete, quem sabe você não seria só um convidado do meu casamento, pois é, encontrei alguem que disse sim!