Homem de preto

Homem de preto

Aquele Homem de preto, com um apito corrupto a boca,

E um cartão vermelho e covarde nas mãos,

Tinha a mesma imagem do Cão do inferno.

A mesma ganância de um Urubu carniceiro.

Anos oitenta, Alvinegros e Rubro-negros,

Duelavam-se na arena gramada e lotada.

E aquelas Crianças, Carentes, Alvinegras de nascença,

Torcendo unidas, com o radinho de pilhas,

Colado aos ouvidos atenciosos e esperançosos,

Choravam ouvindo as barbaridades que fazia,

O Homem de preto, com um apito corrupto a boca,

E um cartão vermelho e covarde nas mãos.

Não sabiam por que ele havia sido o escolhido.

Nem imaginavam quanto dinheiro ou privilégios, levou.

Sabiam que teu nome lembrava um rato.

Coincidência ou não, talvez se fosse um rato de verdade,

Não roubasse tanto.

Se ele soubesse quantos inocentes carentes fez chorar,

Com suas atitudes covardes e um tanto suspeitas.

Era certo, não estava com boas intenções.

Em teus olhos, o brilho estranho de Cão danado,

O condenava, estava comprado.

Como Judas também foi,

E covardemente traiu o Filho de Deus.

Mas o Homem de preto, com um apito corrupto a boca,

E um cartão vermelho e covarde nas mãos.

Destruía sem piedade, a esperança e o sonho,

De uma nação de Crianças, Carentes, alvinegras de nascença,

Que pelo radinho de pilhas, ouviam e choravam impotentes.

Aquele ser humano que não tinha nada de ser humano,

Roubando impune e expulsando os Gladiadores de um lado só.

Na ignorância que já lhe era peculiar,

Mandava e desmandava nos sonhos, e nas felicidades alheias.

E o soberano, senhor da verdade,

Prejudicou milhares de inocentes,

Que com lagrimas nos olhos, viam os determinados Gladiadores do querido time, alvinegro, serem derrotados,

Pelo apito corrupto a boca,

E o cartão vermelho e covarde nas mãos,

Do desonesto e desumano homem de preto.

Wagner Criso