Drogas sub-existenciais
Voltamos quando as luzes já estavam se apagando, a cidade estava morta, eu estava com sono, frio e uma fadiga enorme, gostaria de fazer algumas perguntas, mas no entanto, o clima não estava propício, os martelos da minha cabeça estavam em atrito com minhas idéias, meus ideais, sinfônias inteiras estavam se formando agora, tentando criar um plano de vida, algo que ao menos pudesse ser sólido daqui a algum tempo, as notas ecoavam cada vez mais alto e eu ja até tinha a pretenção de ter sonhos explicativos, as cores não me interessavam mais, estava descendo uma montanha russa, altos e baixos, sussurros e berros, havia tomado alguns drink's, exagerado talvez, estava apenas iludindo meu subconciente, para que ele tivesse quem sabe um momento de paz, para que meu corpo se aquietasse, e o sangue pudesse bombear um pouco mais devagar, apenas a ponto de segurar as batidas do meu coração, tentava dosar cada copo com a medida que apagassem meus problemas, estava usando a droga mais poderosa que já fora inventada, a ilusão, pedi ao garçom uma dose da bebida mais forte e uma dose diária da tal droga, enquanto ainda estava em sã conciencia, só conseguia pensar em como seria quando eu acordasse, quando minhas doses de iluão estivessem se acabado, estava me viciando e não sabia, estava entrando em um abismo no qual iria me afogar, onde ninguem poderia me salvar, sequer me encontrar, a ilusão descende da mentira, do engano, e eu estava toda e completamente tomada por elas, e um dia, me veio você, e eu jurei nunca mais experimentar tal droga !
A ilusão é o escudo da alma, quando a mente já não produz felicidade e respeito próprio, somos todos escravos de nossos próprios pensamentos, desejos !