O salva-vidas.

Joselino era um grande salva-vidas, ele andava de lá para cá, de cá para lá, todos os dias daquele verão tão hostil, porém incitante verão. Todo mundo sabia que ele tinha porte e por ser muito forte, e enérgico com a moçada era respeitado no pedaço.

A frequência do clube era bem variada, porém a nata da aristocracia embalsamada permanecia ali, todo janeiro e fevereiro

Verão, alto verão, as praias lotadas, as piscinas encharcadas, e os salva-vidas, prontos para qualquer empreitada.

Joselino, tinha sido campeão de natação, campeão de futebol americano, jogava sim, ele não gostava muito do football abrasileirado.

Todo dia, o homem de um metro e noventa, parrudo e sisudo, trabalhava naquele clube de Teresópolis sem perder o ritmo ou o prumo, implicava com alguns malhados, que pareciam superá-lo, pois todos os filósofos e as pessoas com algum tipo de inteligência, sabem muito bem, que a inveja existe, ou melhor coexiste entre nós.

Que o calor continue, e as porcarias não ocorram é uma das frases célebres do grande Joselino, que ontem mesmo caiu dentro da piscina, depois de escorregar numa pazinha de brinquedo lilás, de uma jovem humana de apenas quatro anos, filha de um general, e de uma vereadora local. Sorte para o homem guardador de vidas, por igual.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 08/02/2011
Código do texto: T2779792
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