Poderia ser pior...

Sófia era uma mulher insatisfeita com tudo e até com ela mesma.

-Querida não sei mais o que fazer para fazê-la feliz, dizia o marido.

-Você tem tudo, acrescentava a mãe

-Tenho tudo e sinto como se não tivesse nada

-Você está deprimida

-Não estou deprimida vovó, ninguém entende.

Sófia se sentia tão sozinha, pressionada e infeliz. Tomou a decisão de sair de casa precisava descobrir o que estava faltando. Saiu sem rumo em algum lugar encontraria a felicidade e a realização. Cansada de não encontrar o que buscava sentou-se a beira da estrada.

-Bom dia!

-Bom dia, resmungou.

O ancião olhou para ela com atenção e disse:

-Tenho lhe observado, volte para casa

-Eu tenho um marido que me ama, filhos obedientes, uma mãe e avó amorosas, uma vida confortável...

-E não é feliz.

-Eu vejo pessoas em situação difícil que são mais felizes do que eu. Queria saber qual o segredo.

O ancião deu duas folhas de papel e uma caneta.

-Escreva na folha amarela tudo o que não gosta na sua vida e na azul tudo o que tem de bom

Sófia começou logo a folha amarela estava escrita dos dois lados. As insatisfações eram muitas, quanto à azul nem a metade foi escrita

O ancião começou a raciocinar com ela cada coisa escrita na folha amarela, mostrou por um prisma diferente.

-Não tinha pensado nisso.

O ancião terminando a folha amarela passou para a azul de forma objetiva e direta analisou cada coisa escrita.

-Filha a felicidade não vem do que se quer ter, mas de estar contente com o que tem, toda a moeda tem dois lados, assim também é tudo na vida. Precisamos aprender a aceitar que as circunstâncias e as pessoas nem sempre podem ser do jeito que queremos, nem tudo pode ser ao nosso modo e que o mundo não gira a nossa volta. Além disso, precisamos aprender a ter resignação, tolerância paciência com as limitações do outro e respeitar as opiniões dos que nos cercam.

Sófia voltou para casa e encontrou a felicidade que lhe faltava começou a olhar tudo por outro prisma e como mágica tudo mudou.

Prezado leitor:

Não podemos mudar as coisas, os fatos e as pessoas a nossa volta; não podemos fazer as pessoas entenderem necessidades que não são delas, não podemos transformar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos, nos tornando pessoas mais completas, seguras e solidas. Nunca desistindo, abandonando os óculos cinza por um colorido, aprender a arte de viver e não a de continuar vivo, como se manter-se vivo fosse um favor feito para alguém. Mude sua percepção que tudo mudará junto. Seja otimista: Tive um acidente de carro, perdi o carro, mas estou vivo. Não é motivo para ficar feliz? Costumamos dar ênfase demais ao negativo, e camuflamos o positivo. Ao invés de lamentar dramaticamente a perda do carro celebre o privilégio de estar vivo, pense poderia ter sido pior... Esteja satisfeito com o que tem, mas lembre-se satisfeito não é acomodado, não se acomode, busque o melhor mas sem drama e sem sentir pena de si mesmo.

Marya Ferreira
Enviado por Marya Ferreira em 24/01/2011
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