SUCUMBIU NO MAR

30 de dezembro de 2010.

Chegaram as merecidas férias.

Depois de um longo ano labutando no atendimento de uma Lan House, Eduardo chegara ao fim de mais um ano de intenso trabalho. Feliz, com um trocado nas algibeiras, algumas roupas novas, um minguado de colegas e muito vigor juvenil.

Nascido no estado da Bahia, residente de Itororó. A tez morena, altura mediana, cabelo raspado. Tinha um sorriso malicioso e de bom amigo.

Dudu, como era alcunhado docemente pela mãe, resolvera passar alguns dias na praia, do passado ano, na cidade vizinha, Olivença. Fora com alguns colegas e familiares.

Mar sereno, céu azul, areia quente e um sol de fritar diamantes. O clima escaldante dava necessidades latentes ao corpo para se encontrar com a água.

Dudu se divertiu muito naquele dia, antevéspera de reveillon. Jogou bola , nadou , chupou sorvete , almoçou , descansou. Ele aproveitara muito, mas mal sabia que nunca mais veria Itororó.

À hora vespertina, precisamente 16:00 , Dudu estava com um grupo em cima de um rochedo apreciando as belezas do mar. Brincavam e jogavam palavras ao vento. Porém, num dado momento , de causa incógnita , Dudu caiu nas águas silvestres de Olivença.

Gritaria, desespero das mulheres. Dudu pedia por socorro:

- Socorro! Me ajudem!

Os esforços das pessoas presentes foram em vão.

A morte já cruzava os sete mares e afogara o pobre mancebo. A matéria sem vida sumira entre as ondas do destino implacável.

Bombeiros foram acionados e procuraram o corpo do varão. Cessaram às buscas à noite. Retornaram no despertar da aurora e ,mais alguns esforços, o corpo foi encontrado. Sem vida, lábios lívidos e a tez roxa.

A alma deste mancebo foi descansar nas residências celestes.

(Fato Verídico - Nome trocado)

Sampa Ribeiro
Enviado por Sampa Ribeiro em 11/01/2011
Reeditado em 09/03/2011
Código do texto: T2722638
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