Mona 15
Uma brisa voava pelas cortinas, fazendo-as dançar. Havia um sofá próximo à janela, que fora arrastado até lá por Mona. Ela estava deitada neste, desfrutando de seu sono. Estava de folga.
Seus olhos mexiam mesmo fechados, pois ela estava sonhando. Enrolava-se com uma coberta inconscientemente. Em seu sonho, Mona estava sozinha e perdida no meio da neve.
"Como eu vim parar aqui? Está tão frio..."
Mona estava tremendo muito, mal conseguia se locomover. Aos poucos, uma tempestade foi se formando, e ela já não conseguia prosseguir e caiu na neve gelada. Era cada vez mais difícil se locomover, o corpo congelado começou a formigar.
"Desse jeito, eu vou acabar..."
Com o corpo totalmente imóvel, Mona fecha os olhos e prepara-se para dormir para sempre naquele lugar. Ela estranhamente familiarizava-se com a ideia da morte. Ao menos, sentia-se assim há algum tempo.
Entretanto, uma figura aparecera diante do corpo semi-morto de Mona. Uma onda de calor a atingira imediatamente, salvando-a. A figura sorriu e pegou a mulher em seus braços. Bateu asas e voaram para o céu.
Mona acordou zonza. Ela desenrolou-se da coberta e notou o que o vento lhe trouxera: uma pena.