Mona 14
Encostou-se na porta e a fechou. Estava chorando. Mona tinha borrado a maquiagem, mas preocupava-se mais com o que acabara de acontecer. Estava aterrorizada.
Trouxe as mãos até os ombros, precisava de amparo. A luz do banheiro piscou algumas vezes, o que chamou a atenção de Mona. Mas olhar para cima era o mesmo que lembrar-se do ocorrido.
Sangue para todos os lados. O espelho estava em cacos e rachaduras. Nem o teto estava limpo. No chão, um rastro de sangue levava Mona até uma das cabines - a número três - onde estava aquilo.
Começou a olhar para lá. Os olhos corriam pela face, como um animal encurralado pelo caçador. Mona havia rastejado até a porta e simplesmente se perguntava o que era tudo aquilo.
"Eu... tenho que... ver..."
Tentou se levantar, mas não conseguiu. As pernas estavam leves demais e Mona sentia dor. Ao seu redor, formava-se nova poça de sangue, o que já havia acontecido na cabine três.
A cena sombria atiçou a mente de Mona cada vez mais. Até que ela resolveu verificar. Rastejou de volta de onde saíra. Chegou até a porta da cabine e notou uma perna, duas...
Logo, ela estava diante de um corpo morto. Era Mona.
A festa acabara.