MORRENDO AOS POUCOS...
Dia desses, a televisão mostrou uma reportagem onde aparecem duas jovens que se prostituem para pagar a faculdade, inclusive o vídeo está publicado na internet, com milhares de acesso.
Duas jovens bonitas, uma diz que sua família passava por dificuldades financeiras e ela resolveu vender o corpo para pagar os estudos. Narra que ganha um bom dinheiro com os programas. A outra, mais desinibida, fala com naturalidade que ganha muito dinheiro por mês, inclusive para o aluguel do apartamento, a faculdade; conta, até com orgulho, que cobra R$250,00 por programa, que só se relaciona com homens “finos”, etc...
Sem nenhum puritanismo, sem julgar a quem quer que seja, devo dizer que este filme eu já vi, à mancheias mundo afora. Elas têm o direito de fazerem o que quiserem com seus corpos... Porém, as jovens que lavam pratos, que trabalham honestamente para custear os estudos, não correm risco algum se comparadas com a aventura dessas pobres moças.
Mais cedo ou mais tarde, irão surgir no caminho delas os desalmados, os sem escrúpulos, os viciados, os desonestos e...
É inegável, o mundo da prostituição é um mundo cão... Não adianta falar que é prostituição de luxo, mas é prostituição. Não há diferença da que é exercida nas ruas ou nos hotéis(ou motéis) de luxo. Os homens maus infestam tanto as ruas, quanto os ambientes requintados...
Digo isso para contar a história de uma jovem chamada Sílvia que, muito bonita, corpo escultural, verdadeira deusa grega, ao ver a dificuldade da família em pagar os custos da faculdade, ouviu o “conselho” de outra colega para se tornar uma acompanhante ou as tais “escort girls”. Aí começou a derrocada moral da bela moça...
Como disse, este mundo do comércio carnal é terrível. Somente com muita sorte é que algumas conseguem sobreviver um tanto mais. No início, Sílvia fazia o maior sucesso entre os clientes da agência, era uma das mais requisitadas; faturava alto.
Certa feita, foi dito a ela que deveria dirigir-se a um dos hotéis de luxo da cidade, para atender determinado cliente. Ao chegar no local, foi encaminhada para o apartamento do solicitante. Este era um argentino simpático que vivia encharcado de cocaína.
Havia certa quantidade de pó espalhada numa mesa do apartamento, inúmeras carreiras... O gringo ofereceu-a, ela negou, disse que não curtia. Todavia, o sujeito disse que queria muita alegria, muita festa e que não aceitaria um não como resposta. Afirmou que dobraria o valor do programa, mas ela teria que dar uma “cheiradinha”...
Ela negou de novo, ele tirou a chave da porta, agarrou-a brutalmente e disse que ou ela exprimentava ou a cobriria de pancadas. Não teve como fugir e aí começou a morrer...
Depois desse, houve outros e mais outros... Não podia livrar-se, estava totalmente dependente da cocaína.
O que ela não sabia, era que tinha uma deficiencia cardíaca e, certa noite, numa orgia no mesmo hotel onde começara, ao exagerar no consumo, numa overdose teve parada cárdio-respiratória e morreu... Durou apenas 10 meses na atividade.
O resto é desnecessário narrar.
As perguntas que não querem calar: no tocante às moças que vendem o corpo para pagar a faculdade: Até quando elas suportarão? Será que não estão vendendo algo mais, ou seja, suas almas, a dignidade e, quem sabe, a própria vida?...