ALMA DERRUBADA

ALMA DERRUBADA

Logo após o despertar fala-se tanto de minha que conseguiu derrubar a minha alma.

Após um ligeiro café com leite, ou melhor, muito leite e pouco café, ou seja, leite até na risca do copo americano e pinga café que já é adoçado, opção da padaria, e como não resta outra assim eu degusto.

Quando acordei do sono noturno “Rivoltrizado”, vi a minha energia ainda aprisionada e depois da rasteira que minha alma tomou, resolvi descansar o esqueleto no sofá da deliciosa sala de minha vivenda.

Porque derrubaram a minha alma?

Pelas milhares de culpas induzidas a mim aos deslizes da vida material.

Aproveitando os resquícios do sonífero ainda no meu sangue peguei de novo em uma leve soneca.

Levitando no espaço vazio minha alma revitalizava-se, dava cambalhotas de felicidade ziguezagueando por recantos indefiníveis por tanta beleza.

Desviava-me de milhões de objetos, milhões não bilhares, ( bilhares não são jogos de sinuca?) , desculpem-me bilhões, que diariamente são destruídos e como fênix ressurgem sempre do nada.

Ah então você fala que ele vem de um Criador? Não nada nesse sentido equipara-se ao castigo de Sísifo e Criador por mais que se preze faria obra tão inútil.

Bem vou aproveitar que minha alma derrubada ainda não se transformou em espírito e voltar para a deliciosa sala de minha casa, a fim de curtir minha alma derrubada onde é ainda o melhor lugar do mundo para faze-lo.

Goiânia, 19 de dezembro de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 19/12/2010
Código do texto: T2680941
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