A FORÇA DA FÉ
Acordara angustiada naquele dia!
Tinha tido um sonho muito estranho em que um velhinho que usava um chapéu de palha, calças dobradas acima dos tornozelos e camisa clara, jogava tarô para mim sentado em um tosco banco de madeira! Usava como mesa uma peneira destas de pedreiro coberta com um alvo linho e suas pedras eram grãos de feijão!
Ele olhava para mim de forma doce e me dizia que, naquele dia, eu iria ter uma dor de cabeça muito forte, porém, não me encontrava só!
Não dei muita importância ao fato e, ao contar para meu marido o estranho sonho, apenas dissera a ele que não sentia dor alguma!
O dia transcorria normal e, após o almoço servido e as crianças já tendo voltado para brincar junto às outras que moravam no mesmo prédio, comecei a ajeitar a desordem da cozinha após lauta refeição.
Eram 15 horas de um sábado dia 17 de dezembro.
A algazarra das crianças era ouvida de longe, pois, além de serem numerosas, brincavam de polícia e ladrão, se escondendo nas portarias do condomínio em que morávamos.
De repente um estrondo é ouvido e o barulho de vidro se quebrando faz ficar aos saltos o meu coração!
Largando o que fazia imediatamente, meu marido e eu descemos as escadas correndo e o susto que levamos por um momento nos petrifica!
Nosso filho caçula estava dependurado de costas em meio a cacos de vidro que sobraram do que antes era uma porta!
Sua perna esquerda trazia fincada no vidro como uma lança que, se fizessem qualquer movimento, poderia enterrar ainda mais!
A confusão, o medo, o pânico era tamanho que as faces de todos se encontravam lívidas!
O sangue jorrava em profusão e, no desespero de mãe, a primeira atitude foi correr e pegar o que havia em frente para estancar o sangue da criança!
Enquanto isto, muitos vizinhos surgiram para prestar o socorro solidário, enquanto meu marido retirava cuidadosamente a perna machucada da posição em que estava, pois, poderia ser pior o estrago!
Corremos para o hospital em e, pronto- atendimento levaram minha criança que na época fazia 7 anos.
Foram cinco horas de uma espera angustiante onde, após as primeiras providências quanto à papelada para internação, perguntas como qual era o tipo sangüíneo e se ele era alérgico a alguma coisa, a única providência que poderia ter meu marido e eu seria ficarmos em oração!
Nossa, é muito difícil descrever o que se passa no coração dos pais nestes momentos!
Cada enfermeira que passava, cada médico que surgia a interrogação estava estampada na angustia de nossas faces!
Até que, num certo momento, o médico cirurgião que atendera nosso menino, surge ainda com a roupa que usara no centro cirúrgico!
Veio educadamente até nós e, após nos relatar o verdadeiro estado de saúde de nosso pequeno que, além de cortes grandes pelas costas teria se submetido a uma delicada cirurgia chamada Zetaplastia na perna, pois, o vidro decepara tendões e músculos e, por milímetros não teria dado tempo dele sequer ser socorrido, pois um caco de vidro quase atingira a artéria poplítea!
Mas, o mais triste foi à notícia que ele cuidadosamente nos dera: nosso filho iria ficar com seqüelas, pois, mesmo com toda a perícia dos médicos, o corte tinha sido muito profundo e, como atingira nervos importantes, sua perna não iria ser mais a mesma!
Ele iria crescer normalmente, mas, a perna esquerda ficaria menor devido ao corte nos principais músculos, impedindo que os mesmos se desenvolvessem naturalmente!
Nesta hora, olhei fundo nos olhos do Dr. E lembrei-me do sonho como por encanto!
Não sei de onde tirei a força que sentia, mas, calmamente falei com ele que o MEU FILHO não iria ficar com seqüela alguma, pois, a fé que trazia em DEUS me dizia que ele ia ter uma vida normal!
Meio descrente, mas, respeitoso, ele nos acalma dizendo que, após o tempo normal de pós operatório e alguns dias de internação, enfiado em uma grande bota de gesso, levamos nosso pequeno de volta ao lar!
Foram longas semanas de cuidados e visitas constantes, pois, todos queriam ver como estava àquela linda criança brincalhona e esperta!
Até que chega o dia de tirar os pontos, os curativos e a expectativa estampavam-se nos olhos de todos nós!
A cicatrização estava perfeita e não havia sequer um sinal de infecção em nenhum dos cortes!
Ele deveria passar por muitas sessões de fisioterapia ainda e alguns cuidados mais extremosos!
Mas, o mais importante é que, mesmo ainda em processo de recuperação, meu filho conseguia andar normalmente, mesmo que devagar!
A perna esticava-se na mesma medida que a outra e nenhum sinal de seqüela nela havia!
Hoje são passados 18 anos desde então e meu filho comemora 25 anos!
A não ser pelas grandes cicatrizes que traz em forma de Z(daí o nome Zetaplastia), nada o impede de ser um exemplo de homem forte, atlético, digno e bom que muito orgulho nos proporciona!
Realmente há 18 anos nós tivemos uma imensa dor de cabeça, mas, a FÉ nos impulsiona a seguir trilhando os caminhos, sentindo a nosso lado a proteção de DEUS e dos amigos invisíveis que nos sustentam nas horas difíceis!
Acordara angustiada naquele dia!
Tinha tido um sonho muito estranho em que um velhinho que usava um chapéu de palha, calças dobradas acima dos tornozelos e camisa clara, jogava tarô para mim sentado em um tosco banco de madeira! Usava como mesa uma peneira destas de pedreiro coberta com um alvo linho e suas pedras eram grãos de feijão!
Ele olhava para mim de forma doce e me dizia que, naquele dia, eu iria ter uma dor de cabeça muito forte, porém, não me encontrava só!
Não dei muita importância ao fato e, ao contar para meu marido o estranho sonho, apenas dissera a ele que não sentia dor alguma!
O dia transcorria normal e, após o almoço servido e as crianças já tendo voltado para brincar junto às outras que moravam no mesmo prédio, comecei a ajeitar a desordem da cozinha após lauta refeição.
Eram 15 horas de um sábado dia 17 de dezembro.
A algazarra das crianças era ouvida de longe, pois, além de serem numerosas, brincavam de polícia e ladrão, se escondendo nas portarias do condomínio em que morávamos.
De repente um estrondo é ouvido e o barulho de vidro se quebrando faz ficar aos saltos o meu coração!
Largando o que fazia imediatamente, meu marido e eu descemos as escadas correndo e o susto que levamos por um momento nos petrifica!
Nosso filho caçula estava dependurado de costas em meio a cacos de vidro que sobraram do que antes era uma porta!
Sua perna esquerda trazia fincada no vidro como uma lança que, se fizessem qualquer movimento, poderia enterrar ainda mais!
A confusão, o medo, o pânico era tamanho que as faces de todos se encontravam lívidas!
O sangue jorrava em profusão e, no desespero de mãe, a primeira atitude foi correr e pegar o que havia em frente para estancar o sangue da criança!
Enquanto isto, muitos vizinhos surgiram para prestar o socorro solidário, enquanto meu marido retirava cuidadosamente a perna machucada da posição em que estava, pois, poderia ser pior o estrago!
Corremos para o hospital em e, pronto- atendimento levaram minha criança que na época fazia 7 anos.
Foram cinco horas de uma espera angustiante onde, após as primeiras providências quanto à papelada para internação, perguntas como qual era o tipo sangüíneo e se ele era alérgico a alguma coisa, a única providência que poderia ter meu marido e eu seria ficarmos em oração!
Nossa, é muito difícil descrever o que se passa no coração dos pais nestes momentos!
Cada enfermeira que passava, cada médico que surgia a interrogação estava estampada na angustia de nossas faces!
Até que, num certo momento, o médico cirurgião que atendera nosso menino, surge ainda com a roupa que usara no centro cirúrgico!
Veio educadamente até nós e, após nos relatar o verdadeiro estado de saúde de nosso pequeno que, além de cortes grandes pelas costas teria se submetido a uma delicada cirurgia chamada Zetaplastia na perna, pois, o vidro decepara tendões e músculos e, por milímetros não teria dado tempo dele sequer ser socorrido, pois um caco de vidro quase atingira a artéria poplítea!
Mas, o mais triste foi à notícia que ele cuidadosamente nos dera: nosso filho iria ficar com seqüelas, pois, mesmo com toda a perícia dos médicos, o corte tinha sido muito profundo e, como atingira nervos importantes, sua perna não iria ser mais a mesma!
Ele iria crescer normalmente, mas, a perna esquerda ficaria menor devido ao corte nos principais músculos, impedindo que os mesmos se desenvolvessem naturalmente!
Nesta hora, olhei fundo nos olhos do Dr. E lembrei-me do sonho como por encanto!
Não sei de onde tirei a força que sentia, mas, calmamente falei com ele que o MEU FILHO não iria ficar com seqüela alguma, pois, a fé que trazia em DEUS me dizia que ele ia ter uma vida normal!
Meio descrente, mas, respeitoso, ele nos acalma dizendo que, após o tempo normal de pós operatório e alguns dias de internação, enfiado em uma grande bota de gesso, levamos nosso pequeno de volta ao lar!
Foram longas semanas de cuidados e visitas constantes, pois, todos queriam ver como estava àquela linda criança brincalhona e esperta!
Até que chega o dia de tirar os pontos, os curativos e a expectativa estampavam-se nos olhos de todos nós!
A cicatrização estava perfeita e não havia sequer um sinal de infecção em nenhum dos cortes!
Ele deveria passar por muitas sessões de fisioterapia ainda e alguns cuidados mais extremosos!
Mas, o mais importante é que, mesmo ainda em processo de recuperação, meu filho conseguia andar normalmente, mesmo que devagar!
A perna esticava-se na mesma medida que a outra e nenhum sinal de seqüela nela havia!
Hoje são passados 18 anos desde então e meu filho comemora 25 anos!
A não ser pelas grandes cicatrizes que traz em forma de Z(daí o nome Zetaplastia), nada o impede de ser um exemplo de homem forte, atlético, digno e bom que muito orgulho nos proporciona!
Realmente há 18 anos nós tivemos uma imensa dor de cabeça, mas, a FÉ nos impulsiona a seguir trilhando os caminhos, sentindo a nosso lado a proteção de DEUS e dos amigos invisíveis que nos sustentam nas horas difíceis!