Pornografia no Express Coffee da Paulista
Se ajeitou um pouco na cadeira, confortavelmente, arrumou o pau. Que mania feia que homem tem, de que, quando fica nervoso, ajeita o pau, assim sei lá, meio para o lado. Então, foi assim que ele fez, com aquela patética cara, de quem está prestes a comer o chapeuzinho ou o lobo mau.
- Lá vem ela!
Sussurrava ele, fingindo conversar no celular, com alguém que nunca teve voz, aliás, com alguém que naquele momento, era seu cúmplice imaginário, feito esses, que a gente tem, quando está dormindo sozinho, naquela noite de tempestade apavorante.
- Lá vem ela!
E ia conversando com aquele celular, projetado para taras altamente constituídas de total excentricidade unilateral.
E vinha ela mesmo, com aquele decote infernal, guardando os peitos exuberantemente rígidos e fartos, com aquela bunda milagrosamente ereta. E vinha, quase tão leve que, ele mal podia ouvir seus passos, de uns altos centímetros, para uma sedução deliciosamente diabólica.
Ele, quase levitando naquela entorpecente onda de calor, só pensava no seu sangue fluindo com força, feito um marchador, querendo penetrar naquela potranca bárbara.
Finalmente, ela chegou!!!
- Em que posso ser útil, senhor?
Perguntou ela, sem ao menos, tirar os olhos do talão de pedidos.
Ele , suando no impecável colarinho de jovem executivo da Paulista, discretamente pediu:
- Uma água sem gás, pelo amor de Deus!