começou pequeno...
o início era só onda, uma curtição com os amigos.
O baseado, ultimamente chamado também de beque, passava de mão em mão. A roda em torno da fogueira aquecia o calor humano. Não passavam de seis, mas apenas eu era mulher, dois eram gays, aliás um lindo casal, os outros conhecemos na festa.
Logo a fogueira virou hábito e sempre que podíamos nos encontrávamos.
Acabei plantando uma muda em uma jardineira com hortelã, manjericão, salsa e outras ervas. Vendia e até que dava uma graninha. A muda cresceu e acabou virando negócio. O garoto que jogava laranjas pro alto no sinal fazias as entregas.
Apareceu um tal de Betão com uma história de que a área era dele – não entendi direito essa parte. Entendi, a parte, que se continuasse ele me “queimava”. Fiquei esperta.
Numa noite uns caras me seguiram e me deram um surra. Fiquei de cama um mês.
Na praça sete comprei uma arma que o vendedor disse ser ideal para mulheres; era leve, pequena cabia numa bolsa.
Ele entrou na minha casa já passavam das dez horas da noite, fingi estar dormindo e escutei a maçaneta da porta do quarto abrir, entrou silenciosamente.
Num gesto rápido levantei com a arma em punho e atirei bem no meio de seu peito. Primeiro ele ficou assustado e depois morto, caído no chão do quarto com os olhos abertos.
A muda cresceu e agora tenho um site na internet que vende oréganos do pacífico.