É ESTRANHO.

É estranho como as coisas começam e acontecem em nossas vidas, de repente uma frase, palavra ou ato transforma toda sua existência em um momento único de total reflexão.

Estranho, aqui estou sentado de frente pro nada divagando sobre minha própria coerência inexistente; neste momento estranho em que às vezes me pego filosofando um presente de perdas e sobre tudo o que ainda torna este único momento ainda pior sentindo certa nostalgia de um passado fracassado. Sempre nos vem ao pensamento em momentos assim a celebre pergunta por que eu? O que correto seria perguntarmos por que não eu? Já que vivi meus erros e acertos foram provocados por minha própria forma de co-existir, daí volta ao meu inicio de minha própria coerência inexistente. Estranho todo este pensamento sem muitos nexos vistos daqui do alto não é muito difícil de compreender toda esta forma de se avaliar.

Esse meu ponderar sobre mim mesmo, bem vamos La tentarei me fazer entender tudo começa não verdade pelo fim, mas passamos uma vida inteira acreditando que o nascimento é o inicio engano, pois hoje sentado aqui do alto sobre uma imensa nuvem e meus pensamentos vem esta constatação do que o que parece ser o fim é na verdade uma auto- avaliação para que se inicie realmente o todo, estava eu em mais um dia normal da rotina de uma vida sem muito sentido ate então quando do nada por imprudência e ate mesmo irresponsabilidade de outro ser um guincho que serve para transportar os tubos de aço que fabricamos na indústria em que trabalho, ou melhor, reiterando ao menos trabalhei esta talha ou guincho veio direto e me acertou a cabeça a partir daí só sei que estou aqui pensando em mim mesmo e revendo conceitos, vidas, atos e atitudes. Lembro-me bem quando criança já havia levado tantas pancadas sem nenhuma derrubar-me, venho de uma família numerosa de muitos irmãos primos tios e tudo mais que uma grande família tem alem da maravilhosa alegria de ser família. Meus pais tinham um belo colchão de molas bastante pesado e confortável também o que na época para uma família de classe baixa era algo de status se bem que nem sabíamos o que era isso só queríamos mesmo era divertir e aproveitar nossa molecagem e foi numa dessas travessuras de crianças um de meus irmãos com certa dificuldade conseguiu erguer este colchão de molas o que para um bando de crianças na faixa de idade entre Cinco e oito anos eram um feito de grande esforço, erguido o colchão me pediram que olhasse La embaixo pra saber o que tinha assim o fiz quando me veio como um raio aquele colchão sobre minha cabeça me prensando contra o extrato da cama e foi aquele chororô e grande solução por parte deles foi me dar farinha de mandioca para comer a fim de me fazerem parar de chorar, quando minha mãe veio em meu socorro já quase sufocado de tanto que comia farinha sem querer e a cabeça doía e ainda meu velho pai que sempre muito nos honrou com sua sabedoria e onipotência de ser para nos um grande herói não perdoava ninguém e todos iam para o castigo. Assim iniciou esta minha enorme vocação para só dar cabeçada e também assim finda este ciclo vicioso que passou por toda infância e se firmou pela adolescência a fora

O que vendo agora acredito ser a pior de minhas passagens, quando criança ao menos tinha a certeza que seria.

Piloto de avião sonhava em pilotar caças na força aérea, mas só foi mais um sonho que se perdeu pelo caminho, sem muita habilidade não conseguia me definir e nem o que fazer e acabei sendo um simples operário de fabrica. Melhor será que não faça resumos para que possam entender tudo que foi visto por mim, vivido por toda esta estranha forma de ser comum e não estranhe se acaso não rir ou chorar é só uma forma desta comedia de uma vida privada.

mauricio claudio

artc.

MAURICIO C Ferreira
Enviado por MAURICIO C Ferreira em 01/11/2010
Código do texto: T2590409
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