Fragmento.
Um dia, eu, de manhã!
Estava capinando, em uma roça.
Era um dia bem claro, de chuviscos e pouco sol!
Senti uma vontade estranha; tirei então a enxada da lama
E a virei para o ar.
E com a ponta do cabo, meio, que envergado! Passei a riscar o chão.
Risquei rápido! Pois, o dia já estava em atraso...
E, escrevi amor!
Não sei a quem, nem o porquê, nem o, porém!
Talvez porque, seria uma palavra fácil de escrever,
De chamar à atenção de quem por ali passasse,
Talvez, por eu ter me sentido bem.
Aquele cabo cerrado, o chuvisco, o dia claro...
Fragmentou- se tão singelo, aqui, agora!
A um retorno ao passado.
Sabe-se lá, se aquela terra vermelha, que tanto alimento produziu (e produz),
Não merecesse uns riscos de afeto.
E, que eu me lembre, foi o meu primeiro verso.
...........” Catarino Salvador “.