Chuá, chuá...
Chuá, chuá...
Sou dessas pessoas que passam horas ouvindo as flores, o vento e a noite soturna. Fico horas sem fim ouvindo estrela. Elas me divertem. Iluminam meus pensamentos mais distantes.
Mas naquela noite, no entanto, queria tão somente ouvir sua voz... cálida e meiga, sorrateira e melodiosa voz... que no telhado insistia:
– Chuá, chuá... chuá!
A noite escura lá fora, os campos e as matas, os bichos banhados pela escuridão; o regato caudaloso a receber suas gotas e ela a enamorar meu telhado:
– Chuá, chuá...
As horas passaram, trouxeram consigo um frio birrento e preguiçoso. Ele me abraçou forte, fugi de seu potente abraço, me encolhi entre lençóis e cobertores, e no telhado insistente ela continuava: – Chuá, chuá...
Assim adormeci, ouvindo aquele lindo cantar que acompanhado da brisa mansa, no telhado fazia: “Chuá, chuá...”
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Chuá, chuá... publicado Hoje por jackson cruz dos santos em http://www.webartigos.com
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