MENINAS NÃO JOGAM BOLA!
Esta não é uma apologia à exclusão de meninas no futebol, sobretudo é o relato de como uma menina enfrentou o preconceito em busca dos seus sonhos. Seria cômico se não fosse de fato lamentável, a forma com que em pleno século XXI, o preconceito ainda desmoraliza a sociedade.
‘Malbere’ é uma garota muito especial, que tem 15 anos e um sonho a se realizar. Desde muito nova, a menina é apaixonada por futebol e como craque que era, sonhava ver o seu nome na preleção de um clube profissional.
Já na suas brincadeiras de infância, demonstrava aptidão para o esporte “de meninos” e por conta disso sofria com a discriminação freqüente e com os apelidos pejorativos que lhe colocavam. Bem verdade que isso não lhe intimidava e sempre que tinha um horário livre entre a os afazeres domésticos e a escola, lá estava ela na beira do campinho de barro, assistindo a pelada dos meninos.
A garota era assídua nas partidas e apesar dos meninos aceitarem que ela jogasse entre eles, visto que jogava mais que muitos deles. Malbere sempre ficava em segundo plano e só jogava quando um dos meninos não queria ou não podia brincar e pra sorte dela, isso era algo que por vezes ocorria.
Apesar de ser uma menina estudiosa e cumpridora dos afazeres domésticos, em casa era o pivô de muitas discussões. Seu pai não aceitava que ela jogasse futebol, ele dizia que futebol era coisa de menino e que não teve uma filha pra ela se tornar um menino, enquanto a mãe dela respeitava a sua escolha.
As brigas viraram rotina em seu lar e Malbere pensava em abandonar o sonho para amenizar a tristeza da sua mãe, quando no auge naquela partida com os meninos, cuja ela mesma apelidou de morte súbita, pois seria a última que faria, um homem que observava aproximou-se dela e disse:
― Olá minha jovem, me chamo Alberto Martinez e sou diretor de futebol do Brazil Grêmio Desportivo. Estava observando o seu futebol e vejo que tem bastante talento com os pés.
― Estamos montando uma equipe para disputar campeonatos pela divisão de base no nosso time, se você estiver interessada e os seus pais não se opuserem você poderá comparecer em três dias à sede do clube, juntamente com o seu responsável e participar do teste para ingressar na escolinha do time.
A garota mal podia acreditar, e se conter então era impossível, saltou, gritou e deu cambalhotas e abraçou todos os meninos. Aquele era um dos clubes mais importantes do país e a oportunidade era única.
A menina agradeceu ao homem e apressou-se em ir para casa pra dar a notícia, sem sequer se dar conta da guerra que enfrentaria.
Ao terminar de dar a noticia a menina parecia ter causado a terceira guerra mundial dentro da sua própria casa e os seus pais protagonizaram um lamentável embate. O homem gritou tanto que se sentiu mal e teve que ser levado a um hospital com urgência. A menina era somente lágrimas e sentia-se culpada pelo ocorrido, contudo a mãe tratou de acalmá-la, disse-lhe que seu pai era teimoso, porém a amava e que iria com ela ao clube no dia marcado.
Chegado o dia do teste a menina, ainda estava preocupada com o pai que ainda se encontrava hospitalizado, entretanto contando com apoio da sua mãe, compareceu ao teste. Seus amigos a esperavam em frente ao clube e grande era a expectativa.
Lamentavelmente e diferente do esperado, a menina não parecia se a mesma do campinho de barro e nem de longe apresentava o mesmo futebol, o treinador já estava disposto a encerrar o teste, quando se ouviu uma voz que bradou com a garota:
― O que é isso garota? Pelo menos joga de verdade.
Era o seu pai que espiava escondido próximo ao vestiário.
Aquelas palavras parecem ter ligado um motor dentro da menina e reacendido a chama de atleta que a tornava tão habilidosa. “Não foi exatamente o que foi dito, mas no fundo quem disse”. Saber que o seu pai estava ali de fato lhe inspirou muito e a garota jogou tudo o que sabia e mais um pouco, como se diz na gíria.
Malbere deu um show de futebol, não economizou nem gols de letra e bicicleta, para a alegria de todos e euforia do treinador. De fato a garota era craque e foi e teria seu aval para compor o elenco do clube.
A garota não cabia em si de contentamento, abraçou o seu pai, agradeceu muito e logo abraçou ternamente a sua mãe.
Terminada a algazarra que o belíssimo futebol da menina causou, os seus pais se reuniram com os responsáveis do clube e assinaram o contrato da menina que futuramente se tornaria uma notória craque mundial.
“A vida de é uma estrada repleta de obstáculos, todavia aquela menina os enfrentou ensinou a todos, que verdadeiros craques driblam até o preconceito.
Esta não é uma apologia à exclusão de meninas no futebol, sobretudo é o relato de como uma menina enfrentou o preconceito em busca dos seus sonhos. Seria cômico se não fosse de fato lamentável, a forma com que em pleno século XXI, o preconceito ainda desmoraliza a sociedade.
‘Malbere’ é uma garota muito especial, que tem 15 anos e um sonho a se realizar. Desde muito nova, a menina é apaixonada por futebol e como craque que era, sonhava ver o seu nome na preleção de um clube profissional.
Já na suas brincadeiras de infância, demonstrava aptidão para o esporte “de meninos” e por conta disso sofria com a discriminação freqüente e com os apelidos pejorativos que lhe colocavam. Bem verdade que isso não lhe intimidava e sempre que tinha um horário livre entre a os afazeres domésticos e a escola, lá estava ela na beira do campinho de barro, assistindo a pelada dos meninos.
A garota era assídua nas partidas e apesar dos meninos aceitarem que ela jogasse entre eles, visto que jogava mais que muitos deles. Malbere sempre ficava em segundo plano e só jogava quando um dos meninos não queria ou não podia brincar e pra sorte dela, isso era algo que por vezes ocorria.
Apesar de ser uma menina estudiosa e cumpridora dos afazeres domésticos, em casa era o pivô de muitas discussões. Seu pai não aceitava que ela jogasse futebol, ele dizia que futebol era coisa de menino e que não teve uma filha pra ela se tornar um menino, enquanto a mãe dela respeitava a sua escolha.
As brigas viraram rotina em seu lar e Malbere pensava em abandonar o sonho para amenizar a tristeza da sua mãe, quando no auge naquela partida com os meninos, cuja ela mesma apelidou de morte súbita, pois seria a última que faria, um homem que observava aproximou-se dela e disse:
― Olá minha jovem, me chamo Alberto Martinez e sou diretor de futebol do Brazil Grêmio Desportivo. Estava observando o seu futebol e vejo que tem bastante talento com os pés.
― Estamos montando uma equipe para disputar campeonatos pela divisão de base no nosso time, se você estiver interessada e os seus pais não se opuserem você poderá comparecer em três dias à sede do clube, juntamente com o seu responsável e participar do teste para ingressar na escolinha do time.
A garota mal podia acreditar, e se conter então era impossível, saltou, gritou e deu cambalhotas e abraçou todos os meninos. Aquele era um dos clubes mais importantes do país e a oportunidade era única.
A menina agradeceu ao homem e apressou-se em ir para casa pra dar a notícia, sem sequer se dar conta da guerra que enfrentaria.
Ao terminar de dar a noticia a menina parecia ter causado a terceira guerra mundial dentro da sua própria casa e os seus pais protagonizaram um lamentável embate. O homem gritou tanto que se sentiu mal e teve que ser levado a um hospital com urgência. A menina era somente lágrimas e sentia-se culpada pelo ocorrido, contudo a mãe tratou de acalmá-la, disse-lhe que seu pai era teimoso, porém a amava e que iria com ela ao clube no dia marcado.
Chegado o dia do teste a menina, ainda estava preocupada com o pai que ainda se encontrava hospitalizado, entretanto contando com apoio da sua mãe, compareceu ao teste. Seus amigos a esperavam em frente ao clube e grande era a expectativa.
Lamentavelmente e diferente do esperado, a menina não parecia se a mesma do campinho de barro e nem de longe apresentava o mesmo futebol, o treinador já estava disposto a encerrar o teste, quando se ouviu uma voz que bradou com a garota:
― O que é isso garota? Pelo menos joga de verdade.
Era o seu pai que espiava escondido próximo ao vestiário.
Aquelas palavras parecem ter ligado um motor dentro da menina e reacendido a chama de atleta que a tornava tão habilidosa. “Não foi exatamente o que foi dito, mas no fundo quem disse”. Saber que o seu pai estava ali de fato lhe inspirou muito e a garota jogou tudo o que sabia e mais um pouco, como se diz na gíria.
Malbere deu um show de futebol, não economizou nem gols de letra e bicicleta, para a alegria de todos e euforia do treinador. De fato a garota era craque e foi e teria seu aval para compor o elenco do clube.
A garota não cabia em si de contentamento, abraçou o seu pai, agradeceu muito e logo abraçou ternamente a sua mãe.
Terminada a algazarra que o belíssimo futebol da menina causou, os seus pais se reuniram com os responsáveis do clube e assinaram o contrato da menina que futuramente se tornaria uma notória craque mundial.
“A vida de é uma estrada repleta de obstáculos, todavia aquela menina os enfrentou ensinou a todos, que verdadeiros craques driblam até o preconceito.