O silencio
Ouviu mais uma ofensa com o coração ferido de uma saudade estranha. Algo sinalizava para a falsidade do momento. Assim, Elisa encontrou forças para encostar levemente uma das mãos na boca de Fernando. O gesto fez com que o, ainda, marido se surpreendesse. Houve o silencio. Calmamente, Elisa disse:
-Vai Fernando. Haja conforme o coração. Dispenso as desculpas. Vá em Paz.
Fernando, o companheiro de quinze anos, ruborizou. Sentiu a verdade de quem elegeu Rose, amante há dois, a nova, e perfeita, mulher. Decisão que o fez "enxergar" os defeitos do lar, da mãe dos filhos e da esposa.
Em mais este silencio, Elisa finalizou:
-Não estou te disputando com a vontade. Vá em paz.
Fernando... se foi.