Sabor de chocolate
Remelas nos olhos, sem sapatos, pijama arrastando no chão.
A sensação da busca (mas já?)
Algo um tanto inconsciente.
Lá fora um tempo nublado, mas isso não importava.
As vozes vinham da cozinha.
Ah! Deveria estar lá o fim da minha busca!
Cheguei esbafurida, nada!
Que decepção. Só ganhei vários “bom dia” e uma chamada de atenção: escove os dentes, lave o rosto, troque sua roupa.
E minha busca como ficaria?
Não dei importância, claro!
Virei as costas, dei um sobre-salto, balancei os ombros e parti.
Nada de café da manha, a busca era mais importante.
Doce sabor...
Gavetas, cortinas, armários, camas, tudo, tudo foi revistado por mim, tudo olhado nos milindres. Nada!
Parei e ao mesmo tempo, pasmei.
O cão, antigo amigo, começou a me acompanhar, pressentindo meu desespero., fiel aliado.
As vozes na cozinha, aumentavam gradativamente, era festa, pra eles lógico!
Senti a derrota!
Mas como uma guerreira mirim, levantei as barras do meu pijama de ursinho e segui confiante, com meu velho e fiel amigo ao lado.
Mas me intrigava as vozes não se importarem comigo.
Que busca! Que domingo!
Entrava e saia loucamente por todos os cômodos perdidos.
Algo que parecia impossível a minha visão, estava se tornando possível, real. Sensção de perda, de abandono, de esquecimento.
Não tinha mais animo, quando no meu ultimo suspiro, corri e olhe, estava lá! Intactos, grandes, coloridos, reluzentes!
Nada tinha sido perdido.
Senti um brilho diferente, eu ali diante deles, eu não tinha sido abandonada e muito menos esquecida, ao contrario, a sensação de3 ser querida e amada preencheu minha lama novamente.
Até meu fiel amigo se contentava com o brilho que eu refletia.
Deveria avisar as vozes?
Sim pois elas não me abandonaram.
Corri saltitante, cheia de cor, de vida. Entrei aos tropeços, bem típico de mim.
As vozes agora com mais intensidade ainda, me saudaram com toda alegria possível.
Finalmente!
Agora então eu já podia me sentar no chão da sala, abrir todos e me deliciar com o sabor gostoso do chocolate da Páscoa e claro não me esquecendo do fiel amigo de busca.
Bela lição de luta, pela minha jornada, mesmo inconsciente e adormecida por anos em minha alma.
Hoje posso sentir novamente o sabor de chocolate em minha alma, em minhas ausências, em mim mesma!
Remelas nos olhos, sem sapatos, pijama arrastando no chão.
A sensação da busca (mas já?)
Algo um tanto inconsciente.
Lá fora um tempo nublado, mas isso não importava.
As vozes vinham da cozinha.
Ah! Deveria estar lá o fim da minha busca!
Cheguei esbafurida, nada!
Que decepção. Só ganhei vários “bom dia” e uma chamada de atenção: escove os dentes, lave o rosto, troque sua roupa.
E minha busca como ficaria?
Não dei importância, claro!
Virei as costas, dei um sobre-salto, balancei os ombros e parti.
Nada de café da manha, a busca era mais importante.
Doce sabor...
Gavetas, cortinas, armários, camas, tudo, tudo foi revistado por mim, tudo olhado nos milindres. Nada!
Parei e ao mesmo tempo, pasmei.
O cão, antigo amigo, começou a me acompanhar, pressentindo meu desespero., fiel aliado.
As vozes na cozinha, aumentavam gradativamente, era festa, pra eles lógico!
Senti a derrota!
Mas como uma guerreira mirim, levantei as barras do meu pijama de ursinho e segui confiante, com meu velho e fiel amigo ao lado.
Mas me intrigava as vozes não se importarem comigo.
Que busca! Que domingo!
Entrava e saia loucamente por todos os cômodos perdidos.
Algo que parecia impossível a minha visão, estava se tornando possível, real. Sensção de perda, de abandono, de esquecimento.
Não tinha mais animo, quando no meu ultimo suspiro, corri e olhe, estava lá! Intactos, grandes, coloridos, reluzentes!
Nada tinha sido perdido.
Senti um brilho diferente, eu ali diante deles, eu não tinha sido abandonada e muito menos esquecida, ao contrario, a sensação de3 ser querida e amada preencheu minha lama novamente.
Até meu fiel amigo se contentava com o brilho que eu refletia.
Deveria avisar as vozes?
Sim pois elas não me abandonaram.
Corri saltitante, cheia de cor, de vida. Entrei aos tropeços, bem típico de mim.
As vozes agora com mais intensidade ainda, me saudaram com toda alegria possível.
Finalmente!
Agora então eu já podia me sentar no chão da sala, abrir todos e me deliciar com o sabor gostoso do chocolate da Páscoa e claro não me esquecendo do fiel amigo de busca.
Bela lição de luta, pela minha jornada, mesmo inconsciente e adormecida por anos em minha alma.
Hoje posso sentir novamente o sabor de chocolate em minha alma, em minhas ausências, em mim mesma!