Sousa com "S"
- Sousa com “S”, ok???
- Tudo bem, Sousa com “S” – escreveu a funcionária do cartório, encarregada de lavrar a escritura de um lote adquirido pelo Sr. Ariovaldo de Sousa, com “S”.
É uma confusão esse negócio de nomes, não é mesmo? Há Sousa com “S”, Souza com “Z”. E quando se fala em Luís? É a mesma pergunta: com S ou com Z. Queiros também é assim, com S ou com Z. E por aí vai, a lista é enorme.
Também sofro com isto pois tenho um Sousa com S. Verificando a minha certidão de nascimento o meu Sousa é com S mesmo. Interessante que o do meu pai está grafado com Z e o da minha mãe com S. Deveria haver um cuidado maior por parte das pessoas do Cartório Civil, para orientar sobre estes detalhes. Seria plausível, como diria o meu amigo Valdir.
Com o Ariovaldo a coisa não fica só aí não. Na certidão de nascimento, na carteira de identidade e no CPF é Sousa com S, mas na carteira de motorista e no título de eleitor é com Z. Olha só que lástima!
Aí tem que ficar falando, Sousa com S, Souza com Z, porque se não falar o atendente – qualquer um – vai colocar do jeito que lhe aprouver.
Assisti a uma palestra sobre a arbitragem do Sr. Márcio Rezende de Freitas, hoje aposentado do apito e comentarista de televisão. Antes de abordar sobre qualquer matéria a respeito da dura missão de apitar uma partida de futebol, foi logo falando da grafia de seu sobrenome. Ele fazia questão do Z no Rezende. É... porque aí também tem Resende com S, como tem Aloísio e Aluísio, Adalto e Adauto e por aí vai...
- Quero lembrar a todos vocês, antes de mais nada, que o meu Rezende é com Z, dizia ele em alto e bom som, naquela oportunidade.
Pois bem, agora o Ariovaldo tem que ficar aí soletrando o seu nome para não ver o seu Sousa escrito errado.
Isto quando não aparece alguém menos avisado para complicar mais ainda a situação. E este fato ocorreu mesmo, com o nosso personagem, que estava viajando e precisou parar para dormir num hotel à beira da rodovia.
- Boa noite, chegou cumprimentando, o Ariovaldo.
- Boa noite - respondeu sonolento o recepcionista ou vigia, não sei bem.
E aí seguiu aquele papo costumeiro, quando se chega a um hotel – o valor do pernoite, até que horas é o café da manhã, um choro prá ganhar um desconto... –
- Deixe eu registrar o nome do Senhor, aqui no livro de registros – falou o atendente.
- É Ariovaldo de Sousa. Sousa com S, viu? – falou o viajante.
- A-ri-o-val-do – começou a escrever o rapaz, acertando.
- De Sousa, com S – insistiu o que chegara.
- De Sou-za – concluiu e errou o que atendia.
Porque naquele momento ele escreveu Sousa com S, o “S” inicial e lascou um Z onde não deveria. Que lástima!