Acabou o drama
Ok, quem me conhece sabe, adoro um drama. Sempre me coloquei em um palco, uma amiga de infância dizia que se precisasse eu quebraria até um copo para chamar a atenção. Mas sinceramente, de que vale tal atenção? Não sei até que ponto se ganha ou se perde.
Fui julgada, fui rotulada, e principalmente, poucas vezes sou compreendida intimamente. Raras exceções de amigos de alma livre que nem a minha.
Eu acreditava que era livre, eu fazia e acontecia, sem olhar para trás, e no final de tudo – fazia todas as cenas para que um falso amor abrigasse em meu coração. Era apenas iludida por fragmentos de momentos que viviam nos meus pensamentos. Eram momentos sucedidos de momentos, eram amantes, eram interessados e eu por mais segura e geniosa que fosse sempre acabava como uma criança de calças curtas na calçada chorando.
Eu tentava me moldar – eu tentava transgredir, tantas vezes que a mentira enraizava no meu peito que eu realmente acreditava que era feliz. Engraçado, este assunto tem tomado tal propriedade no meu pensamento, acho que a fase da limpeza faz isso, me faz escrever quase ritualisticamente o mantra do não quero mais, do nunca mais – do estou precisando aprender isso.
Quem sabe, são os ventos do leste que guardam um sorriso fresco – que vem me modificando. Por mais que eu acredite – por mais que me provem, por mais falta que eu sinta, acredito que sem as respostas de nada adiantará a presença. Quero ter o sorriso com a alma absolutamente minha. Para não ter que mais brigar com meu espelho, e com que se esconde nele.