LUCIANO, LUCIANO

LUCIANO, LUCIANO?

Muitas vezes um mesmo nome um mesmo nome define personalidades deveras diferentes.

O primeiro Luciano com o qual tive contato foi meu filho que desencarnou no dia do seu primeiro aniversário.

Talvez tenha sido isso o motivo desse nome estar gravado forte em meu subconsciente.

Foi assim que os dois outros com os quais mantive contato comercial calotearam-me.

Um era vendedor de assinatura da Veja, no vencimento do aluguel de sua suíte começou a enrolar. Com três ou mais dias de atraso no pagamento convidei-o mui educadamente para desocupar a suíte. Ele aquicedeu alegando-me que dentro de no mais tardar uma semana passaria aqui para acertar. Isso faz três anos. Cadê o Luciano da Bahia?

Bem o outro Luciano foi um mecânico recém separado muito bom de conversa que apareceu por aqui. Desde o começo fiquei de olho nos seus trejeitos mais para estelionatário de que para mecânico. Como o pagamento do aluguel é sempre adiantado não pesquiso a vida pregressa do individuo. No terceiro pagamento efetuou com um cheque roubado. Ao ser cobrado já se fazia vencido outro mês de aluguel então pagou com outro cheque que também voltou. Ao ser avisado na calçada quando saia para trabalhar deu meia volta depois de me dar o endereço de sua oficina na Avenida Independência n> 490 Em frente ao Cemitério Santana. Naquela meia volta ai de cima o que ele fez foi voltar à suíte retirando sua traia barata.

Percebi o calote no momento que cheguei no dito cujo endereço e verifiquei “in loco” que não havia nenhuma oficina...

Levei o cheque ao Banco em Goiânia embora a agência fosse Anápolis indagando se eu podia reapresentar o cheque devolvido em questão. Não pode depois de explicar tudo para a gerência, só de olhar para o borrachudo ele falou esse cheque nem é roubado é falso. Puxou no computador e confirmou é mesmo falso...

Voltei frustrado para casa e fui fazer uma triagem na suíte. Não é que na pressa da fuga ele deixou para trás um aparelho seminovo de DVD cujo valor não deve ultrapassa a cem reais, ficou para cobrir as despesas do caloteiro SUPERIOR A oitocentos reais.

Antes que eu me esqueça o nome desse último é Luciano da Silva, não sei se é nome próprio ou senha de guerra no mudo dos estelionatários.

Luciano, Luciano cada um tem a sua personalidade e não podemos nos envolver com sentimentalismo...

Goiânia, 21 de AGOSTO de 2010.