Depois do carnaval
Chuva do final do carnaval ainda precipita, limpando os excessos dos últimos dias. Dias de exuberância com banhos de banheira de champagne, de paixões que duraram um dia e acabaram. Da procura de quem eu acreditei que houvesse me esquecido com direito a trocas de falsas verdades, escondidas atrás de frases mal construidas.
Mas os pingos que precipitam ainda me levam a você, mas desta vez estava decidida, iria seguir minha vida... e nesta hora você reaparece, inteiro, doce, saudoso. Eu que não consigo mais te levar a sério, eu que sofri a sua ausência. Eu que novamente repito o seu nome...
Agora que havia comprado novos sapatos vermelhos, e tinha resolvido seguir minha vida, com mesmos cabelos longos e a franja que cobre meus olhos, para na verdade ninguém ver a saudade que ainda tinha de você, e que começava a reconhecer que a nossa história era filtro da minha fantasia.
Eu que estava vivendo falsos romances e que eu passei tanto tempo tentando te esquecer, eu que finalmente estava dando a cara a tapa, desço do meu palco, ele quer me ver – acabo a noite com meus dedos amarelos de tantos cigarros.
E espero novamente. Já que não há mais nada que eu possa fazer, já que ouvi em alto e bom som que você ainda me ama... E volto a mesma roda que me prendeu por tanto tempo, a da espera, a da insegurança. Então, meu infeliz coração me obriga a te dar uma chance para ver novamente vai valer a pena acreditar de novo em tudo, e se você sente realmente o que sempre acreditei ou se apenas imaginou ter me perdido por isso resolveu me amar.... A natureza da pessoa, ninguém se engana, a gente vê na hora do precipício. E será, que desta vez, este é alto o bastante?