O Botequeiro.

Não é fácil de confessar , mas comigo não tem dessa.

Um dia sentado na beira de um balcão no chilenos bar onde estava com frequência, escutei o barulho de uma garrafa quebrada, olhei para traz imediatamente e persebí que tinha um quebra- quebra na entrada, pensei comigo! Qual será o motivo? Deve ser por causa de mulher ou seja jogo, esses são os dois principais motivos de brigas em bar. Pois bem, era um furdunço tão grande e de repente la vem para o meu lado em negrão forte, malhado e logo atrás uns dois bebum reclamando inconformados ou era os próprios causadores da encrenca, o infeliz vem logo para o meu lado, justamente um frouxo como eu, mas mesmo sem coragem para enfrentar fiquei ali quieto no meu lugar, até mesmo quem não deve não teme, o grandão passou e nem olhou para mim, que bom, eu pensei.

Com um tempo depois eu perguntei ao Zé do que se tratava, ele me falou que o armário de quatro portas não gostava de ser chamado de pescossim. Clero é um direito dele, afinal quem gosta de ser chamado por apelidos?

_Há é esse o motivo? E ele é valente que chega quebrando garrafa logo na entrada do bar!

_ Libório sabe disso, mas está bebendo e naturalmente teve coragem de chama-lo pelo apelido. É um besta brincalhão, só que Ricardo fica nervoso de verdade e sabe que aqui todos tem medo.

Fiquei ali até mais uma duas horas o grandão valente que não o conheço está lá na ponta do balcão, hum pensei mais um parceiro de copo, logo mais tarde aproxima o Libório me desafiando, olha que doido! Me daria uma caixa de cerveja se eu chamasse o Ricardo de pescossim.

_Rapaz tu é maluco? Perguntei! Mas quem tava maluco era eu depois de umas na cabeça, sumiu toda a frouxura, para onde foi não sei.

_Conversa vai e conversa vem, topei o desafio, comecei imaginar uma pequena historia.

Aproximei e fui cumprimentar como se fossemos amigos, ele se assustou é claro.

_Ricardo meu amigo, tudo bem?

Levantei o braço para abraça-lo queto ele estava queto ele ficou.

_Tudo bem nada cacete não te conheço!

_ E ai Ricardo não lembra de mim? Fomos amigos na adolescência!

_Não ei não, você está me confundindo ou ta de sacanagem para o meu lado!

_Que sacanagem Ricardo, o que isso? Não lembra mais dos amigos, o que foi? Ficou rico.?

_Não eu não!

_ Não lembra da gente juntos no Rio São Francisco pescando em Juazeiro, pegávamos tantos peixes.

_Não você está enganado, eu nunca pesquei com você em lugar nenhum!

_pescossim – Respondi com o tom mais alto para que todos ali ouvisse e claro o Libório também que estava la de bituca ligada.

_Nunca pesquei com você!

_ pescossim.

_ Pesquei não!

_ Pescou sim.

Fui me afastando aos pouco com a cara de decepcionado e deixei ele para lá.

_ Aí Liborinha ganhei a caixa de cerveja. Paga aí e vamos beber essa porra agora mesmo, vamos lá rapaziada.

Vejam que depois disto tive motivos de sobra para ficar no bar chilenos por mais umas horas. Dei cerveja até para o pescossim, ops quer dizer para o Ricardo.

Marcos Ribeiro de Macedo
Enviado por Marcos Ribeiro de Macedo em 04/08/2010
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