MINHA HISTÓRIA (capítulo XVII)

Minhas irmãs (Ana e Gorete) viviam com seus respectivos maridos (Jaime e Pedro). Cada uma em um barraco da favela onde trabalhavam para os traficantes locais. Eu sempre os via em uma padaria tomando cerveja com outros elementos da localidade. Sempre que eu passava eles me chamavam, mas nunca parei ali pois tinha muito medo. Soube que eles praticavam assaltos junto com outros bandidos.

Gérson, por sua vez, havia conseguido indulto por bom comportamento e foi correndo conhecer o filho na favela onde Amélia estava escondida. Acabou se juntando a Zé do Bode e Laércio e não retornou mais ao presídio. Ele passou a ser fugitivo!

A mãe continuava muito mal de saúde. Já não conseguia mais andar como antes sendo muito difícil o seu locomover devido às fortes dores que sentia. Levada ao hospital para novos exames foi diagnosticada que estava com a “bexiga caída” sendo necessária uma cirurgia para a correção e assim foi feito. Passou-se um ano e nada da mãe melhorar ficando cada vez mais debilitada. Meus irmãos e irmãs faziam parte, agora, de uma só quadrilha cujo chefe era Zé do Bode motivo que continuava trazendo muito desgosto a mãe.

Tudo de ruim que acontecia naquela parte da cidade era atribuído a quadrilha do Zé do bode e seus irmãos conhecidos com a alcunha de “irmãos metralha”.

(continua)

Di Assis
Enviado por Di Assis em 29/07/2010
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