Adeus
Engraçado, estou em plena feriado, como não acontece há pelo menos três anos, acordei em plena sexta-feira sem despertador, fui ao salão, pintei as unhas, de verde, nada como um dia diferente para dar novas cores a vida. Atos cotidianos me encheram de prazer, fiz compras e enchi minha geladeira. E no mais, em plena tarde encontrei uma parte do meu passado em plena luz do sol, ele ia lá, faceiro, rindo, nos comprimentamos como se nunca tivessemos passado anos juntos, como se a prespectiva do para sempre estivesse tão findada. Em meio de um bar, brindamos a nova fase com uma cerveja quente, antigos amores merecem apenas uma cerveja quente. E o dia ficou leve, tentei em plena conversa boba entender como aquele homem virou tantas vezes personagens de minha história.
Sinceramente, sabe aquela magia que permeava a sua figura, aquele ar que transformava tudo em lindo quando ele estava perto, simplismente não existia mais. Era ele e seu maço de carlton, uma cerveja quente e a minha felicidade plena de não sentir nada. Nada, nem um mero impulso, nem desejo, nem ao menos vontade de ficar perto. Personagens algumas vezes merecem apenas a sua história e aquela acabou. Como tudo na vida, alguma hora acaba, descobri apenas que gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas, e este tempo muitas das vezes, faz com que acabe qualquer fagulha, qualquer esperança ou sentimento.Minhas unhas verdes, meu cabelo curto, a minha nova casa. Finalmente, a vida dá o tempo certo de fecharmos algumas portas.