Novo Rumo
Descobri que tenho medo. Um medo, inexplicável
Peculiar, quase sombra. Eu, que não gosto de mudanças.
Dê estar sem controle.
Eu, que não entendo de verdades absolutas
E demoro a acreditar no que está escrito
Sim, a felicidade, me assusta
Acostumei com a mágoa, ela me é conhecida
Demoro a aceitar o que foi me dito. E nesse meio tempo.
Tento me alinhar, me conhecer, chegar ao meu limite
Mais essa enquanto a racionalidade não opera
Divido o corpo, com quem eu amo e temo
Com quem sempre fez parte de mim, que se evidência
A quem eu luto entre beiras, entre o sim e não
Vivo numa tempestade de vento, que leva a meu lado negro
Entre lágrimas e sorrisos, palavras e sonhos
Despedidas e descobertas.
Sigo meu destino, busco o meu eu, feminino
Minha sacerdotisa, assim: escrevo minha história